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Festa ou Folia do Divino em Diamantina - MG
Além da sugestividade própria da cidade de Diamantina, berço da famosa escrava Chica da Silva e do presidente da República, Juscelino Kubitschek, ostenta a fisionomia de uma cidade alegre. Essa alegria, longe de ser simples reflexo de um traço psicológico fundamental em seus habitantes, é um elemento de tradição inarredável da cultura peculiar que ali se moldou ao longo dos séculos XVIII e XIX. Escolhida patrimônio mundial da humanidade em dezembro de 1999, Diamantina obteve o título graças à arquitetura de seus casarões e ruas e à tradição de suas festas, sendo a do Divino, realizada no domingo de Pentecostes, a maior e mais emocionante manifestação popular da cidade.
O evento compreende duas partes importantes, com a presença de elementos religiosos e folclóricos. A parte litúrgica é aberta com o cortejo, no qual se destaca a figura de uma moça, ou criança, que representa a corte imperial, acompanhada de sua família e de seu séquito. A festa é promovida tradicionalmente por grupos representativos da sociedade diamantinense, que elegem todos os anos um festeiro, o imperador responsável por sua realização, ocorrida geralmente no mês de julho.
A programação compreende principalmente a chamada “folia”, com número variável de integrantes (imperador, imperatriz, pajens, alferes da bandeira, etc.) que desfila em procissão pomposa da casa do festeiro até a Imperial Capela do Amparo, acompanhada por uma banda de música. 

Festa do Divino em Diamantina - MG
Festa do Divino em Diamantina - MG
No cortejo, observa-se a presença de três meninas, que simbolizam as virtudes, com trajes em cores distintas que representam a fé (branco), a caridade (vermelho) e a esperança (verde). Os dons do Espírito Santo também estão presentes, representados por sete meninas vestidas de vermelho que carregam dizeres informando os respectivos dons: Entendimento, Ciências, Sabedoria, Conselho, Fortaleza, Piedade e Temor a Deus. Doze meninas em túnicas azuis, desfilam representando os frutos do Espírito Santo: Castidade, Brandura, Bondade, Modéstia, Fé, Paciência, Caridade, Benignidade, Longanimidade, Gozo, Paz e Humildade.

Após a realização da missa solene, o cortejo do Divino retorna à casa do Imperador, onde há outras comemorações e distribuição de doces, perdurando os festejos por dois ou três dias.
Verificam-se em Diamantina, até os nossos dias, algumas características essenciais, tais como a coroação do imperador, a coleta de donativos, a distribuição de esmolas e comida, além da manutenção dos principais símbolos: a bandeira, geralmente vermelha com uma pomba bordada e outra de madeira arrematando a haste, e a coroa e o cedro do império. Atualmente, a festa do Divino da cidade atrai grande quantidade de turistas, o que transformou o evento religioso também em um grande espetáculo, com apresentação e desfile de grupos folclóricos, bandas de música, crianças vestidas de anjos e adultos trajados como personagens bíblicos.
Texto de Gustavo Côrtes
Festa do Divino em Diamantina - MG

Fonte : Dança, Brasil : festas e danças populares / Gustavo Pereira Côrtes, - Belo Horizonte : Editora Leitura, 2000


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