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Guerreiro : Ciclo Natalino
Acompanhado por sanfona, tambor e pandeiros, o Auto do Guerreiro surgiu em Maceió, entre 1927 e 1929, segundo Théo Brandão. Constituído por partes de antigos Reisados, Cheganças pastoris e Caboclinhos, é um auto de aculturação européia.

Trata-se de uma sequência de peças (cantigas dançadas) de duas maneiras: com passo de Marcha ou sapateados, intercaladas pelas Marchas (danças não cantadas) e entremeios (farsa de um ato que termina com música cantada, que tem origem no século XII)

Há três tipos de Sapateado: de sotaque (interrompido por meio de tropéis ou outros sapateados), abaianado (começam por duas pisadas seguidas, para um lado e para outro, lembrando o Baião) e de tropel duplo (sapateio duplo). Além destes, o Guerreiro apresenta também passos de encruzar, dança do Gingá, e passos de ajoelhar, entre outros mais.

Suas músicas são tradicionais e improvisadas, algumas com influência dos candomblés e festas da Bahia. Muito coloridos, seus figurinos tentam recuperar o fausto da nobreza européia. Usam fitas, contas e chapéus que imitam igrejas e catedrais, que chegam a pesar entre 5 e 10 quilos, e acabam dificultando a dança.

Guerreiro
Guerreiro - Balé popular do Recife, Pernambuco
As partes mais importantes do Guerreiro são as do Indígena Peri, que substitui a guerra dos Reisados; a da Sereia; a da lira e os entremeios do boi, que estão caindo em desuso porque as apresentações têm sido encurtadas.
A do Indígena Peri trata da prisão de um indígena forte e inimigo, que tenta entrar no arraial dos guerreiros. O indígena e seus vassalos trocam embaixadas diversas com os guerreiros. Os embaixadores intermediam, mas o indígena é cercado e há muitas lutas. Caído, o indígena continua a lutar, mas é aprisionado pelas espadas dos guerreiros. Depois é solto e a dramatização acaba.
A parte da Lira conta como, ameaçada de morte pela Rainha, que tem ciúmes dela com o Rei, ela não aceita a proposta de casamento que o caboclinho lhe faz, com o intuito de salvá-la. Desolado, ele a mata. Mas, pelas artes do Mateus, o personagem que às vezes funciona como feiticeiro, a Lira é ressuscitada com um remédio milagroso, e sai dançando.


A diferença fundamental entre o Guerreiro e Reisado é que no Guerreiro os personagens das partes já constam como figurantes desde o início da exibição. Ambos são folguedos do ciclo natalino.
Há muitos personagens: Contramestre, dois Embaixadores, General, dois Mateus, dois Palhaços (às vezes uma Catirina), Sereia, Estrela de Ouro, Estrela Brilhante, Estrela Republicana, Banda da Lua Borboleta, além do Rei, Rainha, Lira e o Indígena Peri.
Com a função de estrategista, o General é uma figura retirada das Cheganças. Catirina, versão feminina dos Palhaços, sempre interpretada por homem vestido de mulher, traz seu filho, um boneco Borboleta, personagem dos Pastoris, traz a borboleta no diadema e não nas asas. Mateus, espécie de bufão, com a cara pintada de carvão, sempre armado com tranças de cebola, enxota os moleques. Os Palhaços, pintados de branco e vermelho, correspondem aos Pierrôs. A Sereia se distingue pela sereia do seu diadema, mesmo lugar onde a Estrela de Ouro traz a sua identificação.
Aos espelhos que adornam os figurinos do Guerreiro é atribuída função mágica: a de refletir todo o mal ou todo o bem que neles bater.


Fonte : Danças Populares Brasileiras / coordenação de Ricardo Ohtake, pesquisa de Antonio José Madureira, texto de
Helena Katz, consultor Terson da Costa Praxedes, Porto Alegre - RS - Projeto Cultural Rodhia, 1989


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