Fandango
de São Paulo - J. Lanzallotti
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No
início da
colonização, a maioria da população do sudeste vivia próximo ao
litoral, desde a fundação de São Vicente, em 1532. O interior só
passou a ser colonizado com as expedições chamadas entradas e
bandeiras, que desbravaram a região em busca de ouro, pedras
preciosas e indígenas para serem escravizados, muitos povos foram
extintos quando o interesse principal era o ouro e posteriormente com
a criação de gado.
A
descoberta do ouro em
Minas Gerais provocou um intenso fluxo migratório para a região,
especialmente bandeirantes paulistas, escravos africanos e
aventureiros portugueses.
Antonil
que, escrevendo
a sua "Cultura e Opulência do Brasil por suas Drogas e Minas"
nos primeiros momentos do século, afirma que "mais de trinta
mil almas" andavam catando ouro nas Gerais. Em 1776, os negros
somavam 249 105 pessoas, para uma população total de 319 769
habitantes. O número de escravos empregados nas lavras só começou
a diminuir relativamente quando as jazidas entraram em processo de
esgotamento.
No
final do século XIX
começam a chegar os imigrantes para o trabalho na louvora,
principalmente italianos e japoneses, sendo que alguns, junto com
alemães e outros povos seguiram para a região Sul.
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As
festas e as
tradições culturais traduzem, de forma comemorativa, a imensa
riqueza cultural da região, revelando um povo miscigenado. As
comemorações típicas e de intenso valor religioso em Minas Gerais
são um legado vivo da influência católica no período colonial. No
Espírito Santo, os festejos aos santos de devoção recebem intenso
apelo popular. No Rio de Janeiro, e atualmente em São Paulo,
destaca-se o carnaval, a maior festa profana e popular do mundo, com
os deslumbrantes desfiles das escolas de samba (ver Ciclo
Carnavalesco). |