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Cavalhada : Ciclo do Divino
Cavalhada
A Cavalhada teve origem nos torneios medievais, dos quais  tem, entre outras reminicências, o uso de fitas como prêmio, que são oferecidas pelo ganhador a uma mulher ou outra pessoa que deseje homenagear. Em Portugal teve feição cívico-religiosa, envolvendo temas do período da Reconquista. Sua difusão no Brasil, registrada desde o século XVII, partiu do Nordeste e espalhou-se pelo resto do país. Em 1641, quando da aclamação de D. João IV, foram promovidas várias cavalhadas como parte dos festejos oficiais.  Cavalhada

É ainda um folquedo vivo em vários pontos do Brasil, como Alagoas, Minas Gerais e Goiás. Em Pirenópolis (GO) a cavalhada é realizada durante a festa do Divino e representa o auto de cristãos e mouros.

As "Cavalhadas", de Pirenópolis - Goiás, destacam-se entre os eventos da Festa do Divino Espírito Santo, que ocorre naquela cidade goiana 40 dias após a Páscoa. Este drama profano e popular atrai todos os anos grande número de espectadores ao local.

As "Cavalhadas entre Cristãos e Mouros" foram introduzidas nesta área do planalto central brasileiro nas primeiras décadas do século XIX. Desenvolvem uma temática em torno de lutas simuladas de Carlos Magno e seus cavaleiros (os doze Pares de França) enviados para combater os Mouros na Península Ibérica. São representadas durante três dias, depois da procissão do Domingo, na parte da tarde, em local especialmente destinado a este tipo de manifestação folclórica e que sempre termina com a vitória dos cristãos.

Antes do início dos combates entre cristãos e mouros surgem nas ruas da cidade grupos de cavaleiros chamados Mascarados, trajando roupas bizarras. Seus cavalos, muito enfeitados, trazem pendurados latinhas e guisos que produzem um barulho característico quando a galope ou trotando. Os Mascarados, gritando, estalam seus chicotes e fazem pantomimas. Destacam-se, porém, pelas magníficas máscaras, obras de artesanato popular, representando as mais diversas figuras: demônios, gorilas, cabeças de vacas, cabeças de bois, com grandes chifres.

Cavalhada
Os Cavaleiros (em número de 24 - 12 para cada grupo) reúnem-se ao som de um tambor que ecoa pelas ruas e, juntos, dirigem-se marcialmente para o campo da exibição onde serão desenvolvidos: no primeiro dia, desafios, embaixadas de mouros e de cristãos, arrazoados dos reis e carreiras. No segundo, ocorrem carreiras, rendição, conversão e batismo dos mouros. No terceiro dia, os grupos se confraternizam através de jogos de adestramento ("cabeças" - "argolinhas") e habilidades eqüestres. É uma competição real de desfecho imprevisto com possibilidades de vitória para qualquer grupo.
Cavalhada
Deve-se acrescentar que a entrada dos Cavaleiros em campo é precedida por Banda de Música, grupo de ginastas, moças levando as bandeiras dos Cristãos, dos Mouros, da Festa do Divino e de Banda, dos Grupos de Vilão a de Contradança a dos Mascarados. Estes Cavaleiros usam trajes luxuosos, predominando o vermelho para os mouros e o azul para os cristãos; as armas e os cavalos apresentam-se ricamente ajaezados.
Ao final do espetáculo, os Cavaleiros retiram-se a galope em conjunto, e, mantendo uma hierarquia, dirigem-se, a passo, para a Igreja de Nosso Senhor do Bonfim, onde deporão suas armas. Estas voltarão a ser utilizadas no próximo ano.

Fonte : Sociedade e Cultura, Enciclopédia Compacta Brasil - Larousse Cultural. - São Paulo: Nova Cultural, 1995
E texto de Maria Emília Mattos, licenciada em História pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, publicado no Edital nº 21, em 1977, pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos por ocasião do lançamento dos selos da "Série Folclore Brasileiro: Cavalhada".


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