Danças
e
Festas
Folclóricas
|
Congo de Mato Grosso |
|
De
região para região o bailado varia mas mantém uma separação em duas
partes distintas: o cortejo real, onde cantam cantigas; e a embaixada,
a parte propriamente dramática, com personagens e enredo.
As
cantigas do cortejo inicial são mais livres que as embaixadas, nem
todas são dançadas e não há ordem fixa. Iniciados por uma espécie de
prelúdio (o “êh munguê!”), incluem dobrados de Marcha, cantos
religiosos, danças puras, benditos de peditório ou saudação, louvações,
cantos de trabalho e despedida.
A
embaixada conta a história que está sendo dramatizada.
Os congos
encenam uma simbólica luta mágica entre um princípio
sobrenatural benéfico (Reis do Congo) e um outro, maléfico (Rainha
Ginga), com características de religiosidade cristã, por influência dos
padres coloniais. Devido às suas tradições africanas, este bailado tem
grande importância.
Os
dois cordões - do Rei e do Embaixador - se enfrentam. Tudo começa
quando o Rei do Congo chama o secretário, que se ajoelha. O Embaixador
vai até o trono do Rei, o Secretário bate com a espada nele, que se
afasta.
|
Adulfes: pandeiros quadrados
percutidos no Congo
Congo de Mato Grosso - Grupo de Livramento, Mato Grosso
|
O
Secretário apita, os dois cordões passam a cruzar e bater os
seus facões. Novo apito, a dança pára; o Ministro, o Secretário e o
Príncipe se afastam para o lado e se vê o Embaixador desarmado, que
avança até os pés do trono e canta. O cordão do Rei se ajoelha e canta,
em coro. O Secretário apita, todos se levantam, exceto o Príncipe.
Os
guias dos dois cordões trocam as coroas entre o Príncipe e Rei. O
Príncipe parte para a guerra.
O
cordão do Rei se abaixa e passa a mexer seus maracás junto ao chão, o
Rei abraça seus súditos. Secretário e Embaixador fazem um duo. Começa a
guerra. Os cordões formam uma roda, batem seus facões, com o Príncipe,
o Secretário, o Embaixador e o General no centro. O Rei está no trono,
com o Ministro ao lado. Os cordões formam duas colunas, com espaço para
os combates, que resultam na morte do Príncipe, que renasce em seguida.
|
|