Danças
e
Festas
Folclóricas
|
Congo de Arturos - MG |
|
Na
comunidade de Arturos, o Congo segue à frente, abrindo caminho para o
Moçambique porque, segundo contam, foi o Congo que tentou resgatar
Nossa Senhora do Rosário das águas do mar.
O conjunto
do Congo se caracteriza por movimentos com deslocamento
laterais. O dançarino cruza pernas e pés, fechando a ação com o
encontro dos pés no centro do corpo, em contato com o chão. Nos
cruzamentos, pernas e pés se abrem com o auxílio do metatarso, e voltam
a se fechar com o apoio dos calcanhares.
Em
sintonia com o espaço e o canto, a articulação dos joelhos marca a
torção da bacia. O cóccix se mexe em espiral e os pés se acentuam, se
fixam, induzindo a atividade do quadril. Ocorre uma torção do eixo do
corpo, que entra e sai pela força do movimento que acontece da cintura
para baixo.
A
pulsação vira ginga, com transferências de um lado para o outro do
corpo. Para os giros, é preciso flexionar mais os joelhos. No impulso,
o chão funciona como base geradora de energia.
|
Congo de Arturos -
Comunidade dos Arturos, Belo Horizonte, MG
|
O
Congo se destaca pelo
dança saltitante, os pés libertos impulsionam o corpo para cima todo o
tempo. É uma oposição complementar ao movimento do Moçambique.
No Congo dos Arturos se destacam dois movimentos coreográficos: a “Gira
de Mané Calunga” e a “Roda de Roubar Capitão”.
A
“Gira de Mané Calunga” tem quatro etapas: começa com duas alas
dançantes e mistas, de frente, com os capitães no meio, um em cada
extremidade. Ambos, num desenho oval, trocam várias vezes de posto,
pulando e gingando, enquanto as filas dançam em deslocamentos laterais,
cada um no seu lugar. Quando cada capitão vai para o primeiro lugar de
sua ala, começa a trança, em movimento ondular. Voltam para os lugares
iniciais para uma troca de lugares: os capitães se trocam na direção
norte-sul, e os dançarinos reduplicam o giro nosentido leste-oeste.
|
|