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Cabanagem Os martírios aplicados aos cabanos
chegaram a chocar o frio bacharel
Souza Franco e o prevenido
historiógrafo Raiol: “Ninguém
imagina os martírios de que foram
vítimas os infelizes que caíram em
poder das chamadas expedições!
Falam somente da selvageria dos
cabanos, e esquecem a brutalidade
dos apregoados legais! Destes
referem atos cruéis que não depõem menos contra a natureza humana!
”.
O quadro de torturas que se instalou na Amazônia foi sem precedentes pela ferocidade e pela extensão: “Os rebeldes, verdadeiros ou supostos, eram procurados por toda parte e perseguidos como animais ferozes! Metidos em troncos e amarrados, sofriam suplícios bárbaros que muitas vezes lhes ocasionavam a morte! Houve até quem considerasse como padrão de glória trazer rosários de orelhas secas de cabanos! Conhecemos um célebre comandante dessas expedições, que desvanecia-se em descrever com ostentação os seus feitos de atrocidade e equiparando os rebeldes a cobras venenosas, dizia que não deviam em caso algum ser perdoados! Muitos dos entroncados nas viagens por canoas lançou ele nos rios, e outros muitos mandou espingardear nos calabouços a pretexto de quererem arrombar as prisões! Nos dias de pior humor fazia dependurar, em cordas presas ao teto da casa de sua moradia, os que lhe inspirava maior antipatia, e comprazia-se em arremessá-los com violência de encontro às paredes, de mãos e pés atados, sem nenhum meio de poderem eles evitar os terríveis choques que lhes fraturavam os ossos!".
(...) O número de mortos nos martírios e torturas tornou-se incalculável: “Consta aproximadamente a mortandade dos rebeldes que pereceram nos navios de guerra, nas prisões, nos hospitais e nos conflitos; mas é inteiramente desconhecida a que teve lugar em maior escala pelo centro da província, nas correrias das expedições e longe das vistas do governo”.

(DI PAOLO, Pasquale. Cabanagem, a revolução popular da Amazônia. Belém, Cejup, 1990. p.350-1)
Selo comemorativo da Cabanagem
Selo comemorativo da Cabanagem
"Os monstros da tirania
cortaram cabeças e alimentaram-se de sangue!
Tiveram forças para matar o corpo,
mas... com suas baionetas e torturas
não puderam matar a idéia,
porque esta é sagrada e tão grande como o mundo!
... A idéia não morre."

(Eduardo Nogueira Angelim – 14 de agosto de 1881)

Fonte : Brasil Indígena: 500 anos de resistência / Benedito Prezia, Eduardo Hoomaert. - São Paulo: FTD, 2000


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