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Povo Apiaka Povo Apiaka
A história da chamada "aculturação" dos Apiaká é uma triste repetição do que ocorreu com outros grupos indígenas. No início da colonização, os Apiaká eram um povo guerreiro e muito temido que vivia na bacia do Tapajós. Em menos de duzentos anos, a sociedade nacional quase exterminou esse povo. Hoje vivem nas cidades da região do Tapajós e na área indígena do rio dos Peixes, perdendo a língua e parte de seus costumes. Aqui vemos dois momentos da história desse povo.
À esquerda, um desenho de Hercules Florence, de 1828, que resgata a beleza física, a rica pintura corporal desse povo; à direita, gravura de 1895, mostrando os Apiaká nesse doloroso processo de aculturação
O povo caboclo

Foi na Amazônia que o Brasil indígena reagiu por mais tempo contra a invasão européia. Ainda hoje, apesar das leis de Pombal, muitas nações falam o nheengatu, a língua usada para o comércio e a comunicação.

Dessa resistência cultural e da miscigenação de vários povos com o invasor originou-se o caboclo, palavra de origem tupi que significa “mestiço”. E esse mestiço, sobretudo depois da Cabanagem, apresentava-se como um povo que havia renegado suas raízes indígenas e perdido sua própria identidade.
Desde o tempo em que esses povos foram usados pelos portugueses para fazer a coleta do cacau, do cravo, da canela, da salsa e de diversos óleos – todos os produtos da Amazônia muito apreciados na Europa -, eles foram perdendo o contato com suas aldeias de origem para entrar no mundo “civilizado”. Também nas aldeias dirigidas por missionários ou por funcionários, as pessoas esqueciam seus parentes e amigos das aldeias de origem para se tornarem cristãs, aceitando o novo mundo criado pelos invasores portugueses.

Ao mesmo tempo, os caboclos conservavam muita coisa de sua cultura de origem. Viviam em pequenas posses, que eram propriedades não-legalizadas, onde cultivavam alimentos para o consumo próprio e para a troca com outros produtos. Isto durou até surgir a exploração da borracha, iniciada na segunda metade do século XIX.
A chegada dos nordestinos na região, em 1870, que fugiam da seca, provocou outra invasão na Amazônia. Muitos povos indígenas foram mortos ou tiveram de se submeter a esses novos “patrões”, que faziam deles o que queriam. Era uma nova escravidão que surgia.

Fonte : Brasil Indígena: 500 anos de resistência / Benedito Prezia, Eduardo Hoomaert. - São Paulo: FTD, 2000


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