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Desde
o primeiro século da descoberta, a Amazônia foi frequentada por
espanhóis, franceses, holandeses e ingleses. Os portugueses só
começaram a chegar no início do século XVII, fundando fortes e
expulsando os estrangeiros. Os franceses que estavam em São Luís, no
Maranhão, foram expulsos em 1615. Em janeiro do ano seguinte, os
portugueses fundaram, no estuário do rio Amazonas, o Forte do Presépio,
que originou a vila de Nossa Senhora do Belém do Grão-Pará, hoje Belém.
Foram fundados vários outros fortes ao longo do rio Amazonas, como
Gurupá, Pauxis (Óbidos), Tapajós (Santarém), São José do Rio Negro
(Manaus) e outros. Junto com as expedições militares seguiram os missionários, como jesuítas, carmelitas e franciscanos.
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Os
ingleses foram expulsos definitivamente da região Amazônica, em 1631, e
os holandeses, em 1648, obrigados a se retirar do Xingu e do Amapá.
Instalaram-se mais ao norte, onde mantiveram as únicas colônias na
América do Sul, as Guianas.
Nesses confrontos tomaram parte
ativa, ao lado dos invasores, os Tupinambás, que foram derrotados pelas
forças portuguesas comandadas por Pedro Teixeira e Bento Maciel
Parente, temido sertanista. Segundo os cronistas da época, Bento Maciel
teria matado ou escravizado mais de 50 mil índios. Como recompensa foi
agraciado pelo rei de Portugal com uma sesmaria, a Capitania do Cabo
Norte, hoje Amapá.
Em 1637, Pedro Teixeira, que já havia
percorrido o Amazonas até o Tapajós em expedições anteriores, subiu o
rio à frente de dezenas de embarcações, com mais de 2 mil homens, entre
os quais 1.200 indígenas. Para surpresa dos espanhóis, chegou até
Quito, no Vice-reino do Peru. Na viagem de volta, veio acompanhado pelo
jesuíta espanhol Christóbal de Acuña, que deixou um detalhado relato de
viagem. Entre os vários povos que conheceu ao longo do rio Amazonas, o
jesuíta ficou impressionado com o alto grau de desenvolvimento dos
Omagua, afirmando que a cerâmica por eles confeccionada não ficava
atrás das mais belas louças espanholas.
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