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Em
1680, o padre Vieira recuperou sua influência política e seu prestígio
junto ao rei, que tinham sido abalados com sua prisão, ordenada pela
Inquisição. Dom Pedro II, o novo rei de Portugal, restabeleceu a
autoridade dos jesuítas na Amazônia e decretou a liberdade dos
indígenas, determinando severas punições para os que não cumprissem a
lei. Naturalmente essas medidas sofreram forte oposição na Colônia. O rei determinou então a criação da Companhia de Comércio para o Estado do Maranhão, que obteve o controle de todo o comércio da região, inclusive das mercadorias produzidas nas missões. Além disso, para resolver o problema da mão-de-obra, a companhia foi obrigada a fornecer quinhentos escravos africanos por ano, durante vinte anos. Contudo, essa companhia monopolista realizou uma política contrária aos interesses dos colonos. Não cumpriu o contrato referente à mão-de-obra, estabeleceu preços abusivos para todos os produtos essenciais, falsificou pesos e medidas e vendeu produtos de má qualidade e em quantidade insuficientes. Em 1684, os habitantes de São Luís, liderados pelos irmãos Beckman, revoltaram-se, exigindo a revogação do monopólio e a expulsão dos jesuítas. O novo governador mandou executar os líderes da revolta, a companhia monopolista foi extinta e os jesuítas mantiveram suas missões na Amazônia. Apesar de terem sido várias vezes expulsos da Colônia, os jesuítas foram os únicos que conseguiram criar uma certa estrutura independente em relação à Metrópole. Com seus próprios recursos adquiriram fazendas de gado, de cana-de-açúcar, algodão, cacau e tinham parte do controle das drogas do sertão. Essa independência econômica permitiu que tivessem uma postura mais crítica em relação ao Estado português. Desafiando o poder metropolitano, acabaram sendo expulsos pelo marquês de Pombal em 1759. |
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