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Cristianismo
(do latim christianismus) Conjunto de religiões organizadas com base na pessoa de Jesus Cristo
e nos escritos que relatam suas palavras e seus pensamentos.
Jesus Cristo
Jesus Cristo
O Cristianismo, nascido na Judéia e difundido inicialmente no Oriente, foi pregado no mundo mediterrâneo pelos apóstolos, depois da morte de Jesus. São Pedro foi o primeiro bispo de Roma, mas o apóstolo mais ativo da Igreja cristã foi São Paulo, que divulgou ativamente as novas doutrinas na Ásia Menor, na Grécia e na Itália.
Depois de ter sido perseguido, o cristianismo tornou-se religião de Estado sob Constantino I (Édito de Milão, 313) e difundiu-se, apesar das heresias, em grande número de países.
O cristianismo, em sua origem uma seita surgida do judaísmo, afirma-se como uma religião revelada, isto é, de origem divina, mas com a particularidade de que Jesus, seu fundador, não era um simples intermediário entre Deus e a humanidade, mas o próprio Deus. A revelação de Jesus Cristo, anúncio da vida salvadora de Deus entre os homens, é chamada “Evangelho”, em razão da esperança que ela atualiza: a mensagem que o Evangelho cristão traz à humanidade é a mensagem de um Deus que constrói a história com o homem e não sem ele; portanto, a moral cristã não pode ser um legalismo. O cristianismo transcende a noção de instituição e de técnicas religiosas; ele é o comprometimento com a realização da obra redentora de Cristo.

A ferida mais viva do cristianismo foi e continua sendo a divisão entre os cristãos que interpretaram de maneira diversa a mensagem de Jesus. O princípio dessas separações é diferente em cada caso histórico: recusa da supremacia papal desde que Miguel Keroularios, patriarca de Constantinopla, rompeu com o papa em 1504, desligando do cristianismo romano as Igrejas orientais, ditas ortodoxas; a crítica da doutrina cristã tal como era ensinada por Roma, com a Reforma protestante do século XVI, resultando em um cristianismo separado do catolicismo romano.
A partir do século XVIII, o cristianismo lutou contra a ascensão do racionalismo, elemento da descristianização do mundo contemporâneo. Entretanto o cristianismo, graças às missões, propagou-se em todas as partes do mundo no século XIX.

No século XX, o cristianismo ortodoxo é a religião dominante nos países eslavos e na Europa balcânica, enquanto o cristianismo reformado, sob suas diversas formas, predomina nos países anglo-saxões, na Alemanha setentrional e nos países escandinavos.
Atualmente, esboça-se um movimento de reunião das várias confissões. A amplitude tomada por esse movimento de união, ou ecumenismo, no século XX, e principalmente desde o Concílio Vaticano II (1962-1965), mostra a urgência sentida entre os cristãos em restabelecer as estruturas de um cristianismo que, durante séculos de “cristandade”, perdeu sua unidade visível e profunda.1
Existem mais de 2,4 bilhões de cristãos em todo o mundo, pouco mais de um terço do total da população mundial. O Islã ocupa o segundo lugar, com 1,7 bilhão de fiéis. De acordo com este estudo, existem cerca de 136.400 mil ateus no mundo, ou 1,8% da população mundial.
As estatísticas consideram como parte do cristianismo todos que assim se denominam, incluindo protestantes, católicos e ortodoxos.2

"BREVE PERFIL HISTÓRICO DE JESUS

É útil delinear de maneira breve o perfil histórico de Jesus em seus traços básicos. Anotamos apenas os dados que, segundo a maioria dos investigadores, oferecem um alto grau de solidez histórica. Não é, de maneira alguma, a única coisa que se pode afirmar de Jesus, mas serve para esboçar uma primeira aproximação.

Nascimento

Jesus nasceu durante o reinado do imperador romano Augusto, certamente antes da morte de Herodes o Grande, ocorrida na primavera do ano 4 a.C. Não é possível precisar melhor a data exata de seu nascimento. Os historiadores coincidem em situá-lo entre os anos 6 e 4 antes de nossa era. Provavelmente nasceu em Nazaré, embora Mateus e Lucas falem de Belém por razões teológicas. Seja como for, Nazaré foi sua verdadeira pátria. Seus pais chamavam-se Maria e josé.

“Chamava-se Yeshua e provavelmente isso lhe agradava. De acordo com a etimologia mais popular, o nome quer dizer “Javé salva”. O nome fora-lhe dado por seu pai no dia da sua circuncisão. Era um nome tão comum naquele tempo que era preciso acrescentar-lhe algo mais para identificar bem a pessoa. Em seu povoado, as pessoas o chamavam Yeshua bar Yosef, “Jesus, filho de José”. Em outros lugares chamavam-no Yeshua ha-notsri, “Jesus de Nazaré”.  Para as pessoas que se encontravam com ele, Jesus era “galileu”.


Língua materna

A língua materna de Jesus foi o aramaico. Falava-o segundo uma forma dialetal corrente na Galileia. Não sabemos com certeza se sabia ler e escrever. Conhecia certamente o hebraico, que nessa época era uma língua literária empregada na liturgia do templo e nas sinagogas, onde as Escrituras sagradas eram lidas em hebraico antes de serem traduzidas ao aramaico. De acordo com um grupo crescente de autores, Jesus pode ter falado também um pouco de grego. Desconhecia o latim.

" e suas primeiras palavras para chamar seus pais foram abbá e immá, em aramaico. Abbá era também a expressão com a qual se dirigia a Deus, seu Pai.
"

Vida em Nazaré

Jesus viveu a infância, a juventude e os primeiros anos da vida adulta em Nazaré, um pequeno povoado que se erguia sobre uma encosta na região montanhosa da Galileia, longe das grandes rotas comerciais. Jesus é um homem de mentalidade mais rural que urbana. O conhecimento do contexto sociocultural e religioso permite reconstruir de maneira plausível alguns aspectos sobre seu ofício de artesão e sua educação no seio de um família judaica. Discute-se se trabalhou na reconstrução de Séforis, que nesses anos estava sendo restaurada por Herodes Antipas.
Salmos em aramaico
Salmos em aramaico
Jesus foi ouvir as pregações de João Batista
Jesus foi ouvir as pregações de João Batista
João Batista por Francesco Trevisani - Galeira Doria-Pamphilj / Roma - Itália
Encontro com o Batista

Em determinado momento, Jesus ouviu falar de João Batista, que promovia um movimento de conversão numa região desértica junto ao rio jordão. Deixou sua aldeia de Nazaré, ouviu a mensagem de joão e recebeu seu batismo. Jesus viveu no jordão uma experiência religiosa muito importante: não retornou mais à sua família de Nazaré, mas tampouco permaneceu por muito tempo com o Batista. Num primeiro momento, talvez ele também tenha desenvolvido uma atividade batismal, mas logo abandonou o deserto e começou uma atividade própria e original, diferente da de João.

Ruptura com a família

Jesus não gozou do apoio familiar. Sua família mais próxima não o apoiou em sua atividade de profeta itinerante. Chegaram a pensar que ele estava fora de si e consideraram que desonrava toda a família. Jesus criou novas relações em torno dele, formando um grupo de seguidores.
Considerando os laços de família um obstáculo para sua missão, separou-se definitivamente de seu lar de Nazaré e dirigiu-se a Cafarnaum. Ao que parece, mais tarde, alguns familiares vincularam-se ao seu movimento.

Atividade itinerante

Por volta do ano 27-28, Jesus inicia uma atividade itinerante que o leva da Galileia a Jerusalém, onde será executado provavelmente a 7 de abril do ano 30. Trata-se, portanto, de uma atividade intensa mas breve, pois não chegou a durar três anos. Não é possível reconstruir com exatidão os lugares de sua atividade e suas rotas de viagem. Certamente movimentou-se nas proximidades do lago da Galileia. Andava de uma aldeia a outra, mas nunca aparece visitando Séforis nem Tiberíades, as duas cidades mais importantes da Galileia. Durante algum tempo, seu centro de operações foi Cafarnaum, nas margens do lago. Jesus deslocava-se de um lugar para outro acompanhado por um grupo de discípulos e discípulas. Sua atividade concentrava-se em duas tarefas: curar enfermos de diversos males e anunciar sua mensagem sobre o "reino de Deus". Sua fama cresceu rapidamente e as pessoas se mobilizavam para encontrar-se com ele. Jesus tinha o costume de retirar-se de noite a lugares afastados para rezar.
Profeta do reino de Deus

Jesus emprega uma linguagem característica e sugestiva. Seus ditos breves e penetrantes, seus aforismos e, sobretudo, suas belas parábolas são inconfundíveis. Jesus quase não fala de si mesmo. Sua pregação concentra-se no que ele chama de "reino de Deus". Sua mensagem parte da tradição judaica, mas não brota diretamente da literatura apocalíptica nem do ensino oficial dos escribas, e sim de sua profunda experiência de Deus, que ele procura comunicar através de uma linguagem simbólica e poética, extraída da vida.
Em sua pregação ocupa um lugar central a experiência de um Deus Pai que "faz nascer seu sol sobre bons e maus" e acolhe e busca os filhos perdidos. É essencial sua exortação a "entrar" no
reino de Deus e seu chamado a ser "compassivos" como o é o Pai do céu. O perdão aos inimigos constitui o ponto culminante deste chamado.

Atividade curadora

Embora seja difícil precisar o grau de historicidade de cada relato transmitido pelas tradições evangélicas, não há dúvida de que Jesus levou a cabo curas de diversos tipos de enfermos, que
foram consideradas milagrosas por seus contemporâneos. Praticou também exorcismos, libertando de seu mal pessoas que, naquela cultura, eram consideradas possuídas por espíritos malignos. Jesus foi, na sociedade de seu tempo, um exorcista e curador popular que exerceu grande atração entre as pessoas. Apresentou estas curas e exorcismos como sinais da chegada do reino de Deus aos setores mais mergulhados no sofrimento e na alienação. Mas Jesus sempre se opôs a executar os sinais espetaculares que alguns setores críticos provavelmente lhe pediam.

Conduta desviada

Jesus adotou uma conduta estranha e provocativa. Infringia constantemente os códigos de comportamento vigentes naquela sociedade. Não praticava as normas estabelecidas sobre a pureza
ritual. Não se preocupava com o rito de limpar as mãos antes de comer. Não praticava o jejum. Às vezes infringia as normas prescritas sobre o sábado. Vivia rodeado de gente indesejável como arrecadadores de impostos e prostitutas. Era visto acompanhado de mendigos, famintos e gente marginalizada. Concretamente, confraternizava-se e comia com "pecadores e arrecadadores de impostos". Contra as normas sociais estabelecidas, tratava publicamente com mulheres e as admitia entre seus discípulos. Concretamente, Maria de Mágdala ocupou um lugar importante no movimento de Jesus. Ao que parece, Jesus teve uma atitude especialmente acolhedora para com as crianças. Toda esta atitude provocativa Jesus não a adotou de maneira arbitrária. Sua intenção profunda era fazer ver a todos, de maneira plástica, que o reino de Deus está aberto a todos, sem excluir ou marginalizar ninguém.
Jesus ressuscita o filho da viúva
Jesus ressuscita o filho da viúva
Sermão da Montanha
Sermão da Montanha por  Carl Bolch
Frederiksborg Slotskirke:  Hillerod, Denmark
Rodeado de discípulos

Jesus nunca pretendeu romper com o judaísmo nem fundar uma instituição própria em face de
Israel. Aparece sempre convocando seu povo a entrar no reino de Deus. Mas, de fato, formou-se em torno a Jesus um grupo reduzido de seguidores itinerantes, entre os quais havia também um certo número de mulheres. Além deste grupo reduzido, houve um setor mais amplo de simpatizantes que continuaram vivendo em suas casas, mas que se identificavam com sua
mensagem e acolhiam Jesus e seu grupo quando estes chegavam à sua aldeia. Jesus rodeou-se de um grupo mais próximo de "Doze", que simbolizava seu desejo de conseguir a restauração de Israel.

Reações diante de Jesus

Fora do grupo reduzido de discípulos e do círculo de simpatizantes ,Jesus alcançou uma popularidade bastante grande na Galileia e regiões vizinhas. Não parece que este eco popular tenha diminuído durante o breve tempo de sua atividade itinerante. De fato, Jesus mobilizava massas relativamente importantes, e isso o transformava precisamente em personagem perigoso perante as autoridades. Jesus provocou também a rejeição de setores que procuraram estigmatizá-lo e desacreditá-lo para impedir sua influência.
De fato, Jesus não foi bem recebido entre seus convizinhos e despertou a oposição de escribas e dirigentes religiosos tanto na Galileia quanto em Jerusalém. Foi criticado por comer com
pecadores e acusado de estar possuído pelo demônio. Jesus defendeu-se com firmeza de ambas as acusações.

Execução

Na primavera do ano 30, Jesus subiu a Jerusalém, no território da Judeia, que, ao contrário da Galileia, era regida por um prefeito romano. A cidade de Jerusalém era governada diretamente
naquele momento pelo sumo sacerdote Caifás. Jesus realizou um gesto hostil para com o templo, gesto que provocou sua detenção. Parece que não houve propriamente um julgamento de Jesus perante as autoridades judaicas. Antes, em vista do que aconteceu no templo, a aristocracia sacerdotal ficou ainda mais convencida da periculosidade que Jesus representava e confabularam para fazê-la desaparecer. De fato, Jesus morreu crucificado provavelmente no dia 7 de abril do ano 30 e foi o prefeito romano Pôncio Pilatos quem ditou a ordem de sua execução.
Ao que parece, Jesus contou com a possibilidade de sua morte violenta e celebrou uma ceia de despedida com seus discípulos, na qual realizou um gesto simbólico com o pão e o vinho. No
momento de sua detenção foi abandonado por seus seguidores mais próximos.
Fé em Jesus ressuscitado

É possível verificar historicamente que, entre os anos 35 e 40, os cristãos da primeira geração confessavam com diversas fórmulas uma convicção compartilhada por todos e que rapidamente foram propagando por todo o Império: "Deus ressuscitou Jesus dentre os mortos".3

Fontes:  1. Grande Enciclopédia Larousse Cultural - São Paulo: Editora Nova Cultural, 1988
2. Estatística:  Boletim Internacional de Pesquisa Missionária (IBMR na sua sigla em Inglês)
3. Jesus: aproximação histórica / José Antonio Pagola ; tradução de Gentil Avelino Titton. - 5. ed. Petrópolis, RJ : Vozes 2012
Imagem de Jesus Cristo: http://www.fanpop.com/clubs/christianity/images/9568029/title/jesus-christ-wallpaper-photo

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