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Lutero
Lutero
Protestantismo 

(do francês protestantisme) Conjunto de doutrinas religiosas e de Igrejas Cristãs não católicas inspiradas no pensamento dos reformadores do século XVI, dentre os quais se destacam Lutero, Calvino e Zwinglio

O nome protestantismo deriva do documento Protestati, apresentado pelos Estados luteranos do Sacro Império Romano Germânico na Dieta de Speyer em 1520, contra a decisão de Carlos V que restringia a liberdade religiosa. A partir de então, os seguidores da Reforma passaram a ser
chamados de “protestantes”. Igreja de muitos aspectos, o protestantismo opõe-se ao catolicismo romano rejeitando a autoridade do papa, a missa, a confissão e o culto aos santos. Sua unidade se baseia na autoridade soberana da Bíblia em matéria de fé, na força do testemunho interior do Espírito Santo - pelo qual o crente aprende a palavra de Deus, que se manifesta nos livros sagrados - e na crença na salvação pela fé, que é um dom de Deus.


Calvino
Calvino
Um dos seus princípios defende o direito ao julgamento particular na interpretação das Escrituras, o que levou ao aparecimento de um grande número de correntes no interior da doutrina.

No início, seus principais ramos eram o Luteranismo, professado na Alemanha e nos países escandinavos; o Calvinismo com grande número de adeptos na Suíça, nos Países Baixos, nos Estados Unidos e na França; o Anglicanismo, dominante na Inglaterra; e o Zwinglianismo, professado na Suíça. Mais tarde apareceram as Igrejas Congregacionais, Batista, Quacres, Metodistas, a Igreja Morávia, o Exército da Salvação e o Pentecostalismo.

Igrejas protestantes, conjunto das Igrejas e comunidades cristãs surgidas com a Reforma  no século XVI, englobando quer as Igrejas formadas nessa época por católicos que então se separaram da Igreja Romana, quer aquelas nascidas em seguida, no seio de comunhões protestantes, ou que se desenvolveram em países de missão.
Nascida na Alemanha com Lutero, a Reforma estendeu-se quase simultaneamente pela Europa, com Zwinglio na Suíça, com Briçonnet, Lefèvre d'Etaples e G. FareI, que na França abriram caminho para Calvino. Surgiram, então, várias correntes no protestantismo: uma corrente luterana (Luteranismo), uma corrente reformada (com o zwinglianismo e o calvinismo ), uma corrente anglicana (Anglicanismo).
No século XVII, o protestantismo sofreu os contragolpes da Reforma católica e fraquejou. Na Inglaterra, o estabelecimento da Igreja Anglicana promoveu o desenvolvimento das comunidades não conformistas, congregacionalistas ou puritanas. Porém, seu individualismo religioso, se favoreceu o desenvolvimento da exegese e da crítica bíblica, muitas vezes conduziu ao racionalismo deísta ou mesmo ao indiferentismo teológico. Entretanto, a insensibilidade intelectual dos dogmáticos e cientistas quase nada influiu, nessa época, sobre a devoção profunda das massas, que se exprimiu inicialmente nos cânticos e também no pietismo. Este deu origem às comunidades dos irmãos morávios do conde de Zinzendorf, e, juntamente com a influência dos batistas e dos quacres, desempenhou um papel importante nas origens do metodismo de Wesley. Essas novas Igrejas de inspiração piedosa influenciaram o protestantismo europeu, mas foi sobretudo nas colônias inglesas da América que se desenvolveram. Entre elas, as Igrejas batistas viriam a ser o movimento protestante mais significativo nos Estados Unidos.

No séc. XIX, esses movimentos piedosos dariam origem à Renovação, que associava à teologia tradicional uma espiritualidade sentimental e que, abertamente oposta às ligações estruturais entre a Igreja e o Estado ( fundação das Igrejas livres, c. 1850, na Alemanha e Suíça ), deve ser associada ao desenvolvimento do protestantismo liberal dominante no decorrer da segunda metade do século. Originou-se dela o movimento cristão social, preocupado com os grandes problemas sócio-políticos e internacionais. Com esse mesmo espírito criaram-se e espalharam-se os movimentos de juventude, como as uniões cristãs de jovens, que, desde 1844, tiveram um papel considerável na história do protestantismo, favorecendo as "alianças intereclesiásticas" e o ecumenismo.

Ao longo da segunda metade do século XIX, as Igrejas protestantes se reagruparam e frequentemente criaram federações entre si; é o caso das Igrejas anglicanas, após a Conferência de Lambeth (1867), e depois, em 1881, a formação da Conferência Metodista Ecumênica; em 1891, a União Internacional das Igrejas Congregacionistas; em 1905, a Aliança Batista Mundial; em 1921, a Aliança Reformada Mundial; e, em 1947, a Federação Luterana Mundial. A maior parte dessas organizações universais tem sua sede em Genebra. Além disso, existe desde 1921 um Conselho Internacional das Missões. Ao mesmo tempo, constituíram-se organismos nacionais intereclesiásticos. Ademais, certas tendências muito próximas umas das outras reunificaram-se numa única Igreja: é o caso na Escócia, com a fundação, em 1929, da Igreja da Escócia; na França, em 1938, com a constituição da Igreja Reformada da França, que reúne a maior parte das Igrejas reformadas francesas, e, em 1943, da Igreja do cantão suíço de Neuchâtel.
Desde então, o movimento ecumênico tomou impulso com as conferências "Vida e Ação" (Estocolmo, 1925, depois Oxford, 1937), ao mesmo tempo que se reuniram as conferências do grupo "Fé e Constituição" (Lausanne, 1927, e Edimburgo, 1937 ). Em 1948, teve lugar em Amsterdam a
Assembléia Ecumênica, no decorrer da qual foi constituído o Conselho Ecumênico das Igrejas.

O protestantismo contemporâneo se orienta segundo os mesmos princípios desde a Reforma. A pregação pura da palavra de Deus e a administração dos sacramentos são as marcas de uma Igreja que se considera uma instituição divina. Distinguem-se, segundo o modo de recrutamento, as Igrejas de professas (adesão pessoal de membros após sua conversão) e as Igrejas multitudinárias (que recrutam sobretudo desde o nascimento). As Igrejas de professas adotam com mais freqüência um regime congregacionalista, por meio do qual cada paróquia, autônoma, é dirigida pela assembléia de seus membros. As outras Igrejas se dividem entre o sistema episcopal, com os bispos reclamando para si a sucessão apostólica (Igreja anglicana, Igreja luterana da Suécia) ou não ( Igrejas morávias, metodista-episcopal, etc.) e o sistema presbiteriano-sinodal (sobretudo nas igrejas reformadas), pelo qual as paróquias, dirigidas pelo conselho presbiteriano (o pastor e os "anciãos" ), são unidas entre si e nos sínodos regionais e nacionais.

Fonte: Grande Enciclopédia Larousse Cultural - São Paulo: Editora Nova Cultural, 1988

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