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Jamais
voltaria o povoado sem, ao menos, um saquitel de ouro no bolso.
Foi então que viu, a dar saltos sob a laje, que se levantara parcialmente, o trêfego Saci a fazer-lhe trejeitos. Tomado de pavor, o homem larga a espingarda para fazer um esconjuro e o sinal da Cruz, mas logo o negrinho, muito ágil, descarrega a arma e atira-a para longe. O caçador sai em disparada, perseguido pelo gênio das estradas desertas. Corre, corre... Passa correndo pelo povoado, onde as luzes estão apagadas e os moradores recolhidos. Não há nenhuma porta aberta, porque eles temiam o desfecho da aventura e não queriam envolver-se com o Saci. Por isso, o homem continuou a correr... Até hoje corre, corre, para que os outros possam viver em paz, a salvo do perigo do lugar ainda chamado Forno Grande, embora já extinta a Cratera do Saci. |
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Vocabulário: Pricas = antigas. Puris = tribo indígena. Grimpar = subir, trepar. Mulembá = figueira branca ou mata-pau. Trêfego = turbulente, irrequieto, traquina, astuto, sagaz, ardiloso, manhoso. |
Fonte : Afonso Schmidt, baseado no livro inédito de Maria Stella de Morais: Lendas Capixabas in Antologia Ilustrada do Folclore Brasileiro: Estórias e Lendas de Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro / Seleção e Introdução de Mary Apocalypse. - São Paulo: Ed. Edgraf, 1962.
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