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A
multiplicidade de adornos pessoais dentro de uma mesma tribo e, mais
ainda, no conjunto de todas elas, dificulta proceder uma classificação
tipológica de modo a agrupar, em poucas unidades, a enorme
diversificação desses artefatos.
Isso se explica pelo fato de
constituírem os adornos não só emblemas tribais como também as
insígnias de classes de idade, de um e outro sexo, bem como distintivos
clânicos.
Cada uma dessas categorias de pessoas, recebe ou
elabora, ao longo da vida, um enxoval de conjuntos ornamentais
apropriado à sua condição social. Ele é tanto mais rico e variado
quanto mais complexos forem a organização social e a encenação ritual
de que os indivíduos participam desde o nascimento até as várias fases
do ciclo da vida.
Amarrações
Amarrações
são conjuntos de peças tecidas, compostas de cordões
destinadas antes a adornar e a personalizar o corpo, do que
vesti-lo,
servindo de insígnia distintiva de sexo, idade e filiação étnica. |
Pulseira Tecida (Kayapó)
Ornato circular tecido com sementes, contas e miçangas.
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Menina
Marubo com pulseira e braçadeira, carregando pote de cerâmica.
Rio Ituí, Amazonas.
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Indígenas ikpeng: braçadeiras em
vermelho e pulseiras,
jarreteiras e
tornozeleiras em branco.
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Pulseira Tecida ou
de cordões:
Ornato circular tecido, de largura variada, com ou sem franjas, usado
no pulso.
Braçadeira de cordões:
Conjunto
de cordões executados segundo a técnica de croché ou passamanaria, com
ou sem borlas ou franjas que se usa no antebraço, na altura do bíceps.
Também com cordões paralelos com as pontas amarradas.
Jarreteira de Cordões:
Cordel
de algodão confeccionado segundo a técnica de passamanaria sustenta uma
guarnição de franjas e/ou borlas da mesma matéria prima. É enrolado
abaixo do joelho.
Jarreteira Tecida:
Ornato feito segundo as técnicas de tecelagem que cinge a perna logo
abaixo do joelho.
Tornozeleira Tecida ou de Cordões:
Ornato tecido usado na altura do tornozelo.
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