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Adornos
Pintura
Plumária
Montagem
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Outros Artefatos

Montagem
A montagem dos elementos se completa pela anexação a um suporte, componente fundamental do ponto de vista estético-estrutural, porque se constitui no fator de sustentação e equilíbrio e em atributo integrante do campo decorativo.

As formas de suportes – círculo, semicírculo, retângulo, meia-lua, cilindros, cone e ferradura – se cristalizam num número expressivo de artefatos específicos: diademas, coroas, grinaldas, labretes, brincos, braçadeiras, capacetes, narigueiras, manteletes, coifas, máscaras, leques, flautas, chocalhos, etc.
Montagem
Chefe de aldeia Kaiapó montando um diadema. Região do Xingú, Brasil Central.
Este diadema é usado por mulheres durante as cerimônias de imposição de nome.
Aprendizado

O Aprendizado da tecnologia plumária comumente se processa após o ritual de iniciação, que marca a passagem dos jovens à categoria de adultos. Por conseguinte, a responsabilidade pela confecção dos artefatos das várias categorias compete aos homens adultos, cabendo-lhes providenciá-los para si próprios, seus companheiros, mulheres e crianças, em locais internos e/ou externos no âmbito da aldeia e em momentos determinados, de acordo com as prescrições da tradição cultural respectiva. 
Montagem
A habilidade artesanal é comum a todos.
Cada qual confecciona seu próprio ornamento.
Região do Xingu, Brasil Central
Foto: marcelo Kujawsky
Matéira prima
A matéria-prima – penas, plumas, penugens – não é apenas harmoniosamente combinada entre si, mas comumente trabalhada em conjunção com outros materiais que ampliam as potencialidades estéticas dos artefatos. Entre estes, destacam-se garras, couros e pêlos de mamíferos, sementes, cocos, cápsulas de frutos, cabelos humanos, conchas fluviais, miçangas, contas, taquaras, fios de algodão, ossos de animais, cordéis e fitas de fibras vegetais, em especial das palmeiras.

tComércio
Os sucessivos contatos e a crescente interação entre as sociedades indígenas e a sociedade nacional têm acarretado às primeiras uma série de mudanças e novas necessidades sobretudo de ordem econômica e social. Entre essas, a produção artesanal para comércio, cuja venda possibilita ao indígena adquirir bens de consumo industrializados que, hoje, não mais dispensa. Nos séculos XVIII e XIX, os indígenas amazônicos já faziam artefatos com essa finalidade. A partir de 1970 houve uma aceleração desse processo, que visa muito mais ao gosto do comprador das grandes cidades do que à auto-imagem grupal.

Devido à grande importância simbólico-ritual das peças plumárias, os grupos indígenas atuais tendem a criar padrões artísticos especiais e a modificar modelos tradicionais com o propósito exclusivo de atender às solicitações de mercado. Imprimem-lhes, contudo, a marca de origem por meio de atributos técnicos, materiais e ornamentais.
Exemplo de montagem de um Diadema horizontal. Kaapór (Urubu)
Suporte
Suporte
Cobertura - frente
Coberteira Frente
Cobertura verso
Coberteira Verso
Completo
Completo 
Suporte: coroa de palha trançada.
Frente: Coberteiras superiores da asa de arara-canga (Ara Macao) e plumas dorsais e ventrais de arara-vermelha (Ara chloroptera); plumas de pomba-trocal (Columba speciosa); couro emplumado de anambé-azul (Cotinga cayana).
Verso: coberteiras inferiores da asa e plumas ventrais da referida arara; plumas dorsais de mutum-cavalo (Mitu tuberosa) e plumas da pomba citada.
Da coroa-suporte: retrizes de arara-canga (Ara macao).
Outros componentes: faixa tecida de algodão e cordéis do mesmo material.
Faixa emplumada: Comprimento total: 82 cm; altura: 10 cm; largura: 3 cm.
Suporte: diâmetro: 18 cm; altura máxima: 69 cm; largura: 5,3 cm.

Fotos: Wagner Souza e Silva

Fontes : Situando a Plumária / Sonia Ferraro Dorta in A Plumária Indígena Brasileira no Museu de Arqueologia e Etnologia da USP / Sonia Ferraro Dorta e Marília Xavier Cury – São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo: MAE/Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2000.
Revista Índios do Rio Xingu. Rio de Janeiro: Rio Gráfica e Editora, s/d.
Artes da Amazônia / Editado por Barbara Braun. - Londres: Thames e Hudson Ltd, 1995.


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