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Cerâmicas Marajoara e Tapajônica

A cultura marajoara

Durante muito tempo as cerâmicas da Ilha de Marajó (PA)  despertaram grande curiosidade entre os arqueólogos e os etnólogos.
Os achados mais antigos revelaram que os primeiros habitantes da  região ali chegaram por volta de 1500 a.C. e que conheciam uma cerâmica ornamental, porém simples.
Mais de um milênio depois chegaram outros povos agricultores que possuíam uma cerâmica mais elaborada, pois confeccionaram cachimbos, estatuetas de barro e tembetás (objetos cilíndricos ornamentais colocados no lábio inferior). Só por volta do ano 400 surgiu o que se denomina de fase marajoara, com objetos mais artísticos e coloridos. As cerâmicas dessa cultura até hoje são admiradas por seus desenhos geométricos, em preto, branco e vermelho. Os vasos são adornados com faces humanas estilizadas e eram usados como urnas funerárias. Além disso, foram encontrados fusos, apitos, enfeites para os lábios, bacias, tangas de barro e estatuetas de divindades. Esses objetos culturais demonstram que esse povo havia criado uma sociedade bastante complexa.


Veja também: Cerâmica Marajoara


Cerâmica Marajoara
Cerâmica Marajoara:  Estatueta de mulher com pintura vermelha e preta com fundo branco.  Foto : Renato Soares
Os marajoaras assim como chegaram também desapareceram, pouco influenciando outros povos da região. O estilo da cerâmica marajoara apresenta muita semelhança aos artefatos. em cerâmica das populações do rio Napo, no Equador, e de algumas regiões da Venezuela, o que permite levantar a hipótese de um possível parentesco entre esses grupos. Entretanto, sua origem ainda está para ser melhor pesquisada. Uma das questões a ser averiguada é se a ilha de Marajó não teria sido o centro cultural do qual se irradiou a técnica da cerâmica para outras regiões fora do Brasil.
Cerâmica Tapajônica
Cerâmica Tapajônica
Veja também: Cerâmica Tapajônica
A cultura de Santarém - Cerâmica Tapajônica

Ao longo dos rios Tapajós e Curuá Una, tendo por centro a atual cidade de Santarém, desenvolveu-se no início de nosso milênio uma cultura igualmente avançada. Também nesse caso as pesquisas ainda não nos permitem identificar melhor esses povos. Alguns acreditam que sejam
antepassados dos indígenas Tapajó, sobre os quais existem relatos de viajantes do século XVII.
As aldeias eram verdadeiras cidades com cerca de 10 mil habitantes. Famosos eram seus mercados, onde se encontrava de tudo, desde  cestaria até animais domesticados, como patos e perus.
A cerâmica foi a marca dessa cultura, com seus vasos em forma de taça com gargalo, em cujas bordas estão representadas figuras humanas e de animais estilizados. Há estatuetas mostrando atividades diárias. Em algumas notam-se a orelha furada, característica de povos não só do Brasil central, como também da região andina. 
Costumavam conservar o corpo de seus chefes mumificado, e era exposto à veneração pública em determinadas festas. As demais pessoas, após a morte, tinham seus ossos moídos e misturados em bebidas, tomadas pela comunidade em ocasiões especiais.

Segundo cronistas europeus que os conheceram, os sacerdotes eram sustentados pela comunidade e a décima parte da colheita do milho era oferecida à divindade, o que revela um culto organizado. 

Fontes: Brasil Indígena: 500 anos de resistência / Benedito Prezia, Eduardo Hoomaert. - São Paulo: FTD, 2000.


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