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As Estradas de Ferro invadem o interior

Nesse processo de ocupação sistemática das terras indígenas, as colônias militares, as estradas de ferro e, bem mais tarde, as estradas de rodagem exerceram um papel fundamental. Por onde corria uma estrada praticava-se a violência e a arbitrariedade. De triste memória foram os quartéis militares instalados em Minas Gerais, em Santa Catarina e na Bahia.
Em 1915, foi construída a Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, para ligar São Paulo ao Mato Grosso do Sul. Os Kaingang eram senhores daquela região e por muitos anos defenderam com armas na mão seu território. Conforme o tenente Pedro Ribeiro Dantas, “um povo ocidental que defende o solo de sua pátria contra uma invasão esmagadora diz-se heróico. O indígena, desprovido de armas eficientes, encurralado, chacinado, é considerado fera brava e traiçoeira e merece o extermínio”.

Estrada de ferro
As estradas de ferro facilitaram a abertura do interior do país aos
colonizadores.  Em 1854, foi inaugurada a primeira ferrovia.
Estrada Madeira-Mamoré. Foto de Danna Merril.  1909.
Foi o que aconteceu. Após muitos conflitos e ataques, os Kaingang resolveram propor a paz. Mas a esta altura estavam reduzidos a pouco menos de duzentos indivíduos.

A Estrada de Ferro Madeira – Mamoré, na Amazônia, foi inaugurada em 1912, quando já ocorria o declínio do ciclo da borracha. Trabalharam na sua construção nordestinos, bolivianos, ingleses, estadunidenses, pessoas do mundo inteiro. Foi tal a mortandade, em decorrência das doenças e das condições sanitárias, que na época dizia-se que cada dormente representava um trabalhador morto.

As estradas de ferro atenderam a interesses econômicos do governo, dos fazendeiros e das empresas de colonização e cortaram as terras dos povos indígenas, facilitando a penetração do capitalismo e trazendo consigo a doença, a violência e a morte de tantos povos.
Estrada de Ferro
Um grupo de Karipuna,  ao lado de funcionários estadunidenses, da empresa responsável pela construção da estrada de ferro Madeira-Mamoré.
Foto de Danna Merril. 1912.

Fonte : Brasil Indígena: 500 anos de resistência / Benedito Prezia, Eduardo Hoomaert. - São Paulo: FTD, 2000


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