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Pombal,
acusando os jesuítas de conspirar contra o Estado, expulsou-os de
Portugal e de seus domínios em 1759, confiscando seus bens. A França, a
Espanha e os demais países europeus adotaram a mesma medida, e o
próprio Vaticano extinguiu a ordem em 1773.
O controle das missões passou para os funcionários do governo. As capelas tornaram-se paróquias, com vigários nomeados pelo rei; os indígenas deveriam deixar de ter “nomes bárbaros”, passando a ter nomes portugueses; as línguas nativas foram proibidas e a língua portuguesa tornou-se obrigatória. Os caciques viraram capitães e juízes, e as lideranças passaram a ser vereadores municipais. Todos os indígenas, a partir daquele momento, se tornariam cidadãos portugueses. Na visão de Portugal, este seria o fim do "atraso" no Brasil, mas na realidade foi um grande prejuízo para os povos indígenas. Todos os índios, entre treze e sessenta anos, tinham de trabalhar metade do ano quase de graça para os colonos, e cada aldeia devia ter soldados portugueses para “manter a ordem”. O que produziam devia ser vendido, mas quase sempre eram roubados pelos comerciantes desonestos. A educação, que no Brasil era quase inteiramente de responsabilidade dos jesuítas, sofreu um grande recuo. Vinte anos após a expulsão, em toda a Bahia não havia mais que dois professores. Várias escolas foram fechadas e as bibliotecas dos conventos foram abandonadas ou destruídas. No Sul situava-se outro foco dos desentendimentos entre Pombal e a Companhia de Jesus. Ali os jesuítas espanhóis eram acusados de fomentar a rebelião indígena contra os portugueses. |
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