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Ilustração de Debret
A Violência Paulista e
a Bandeira de Raposo Tavares

Os Guarani, submetidos à estrutura das missões constituíram em alvo de cobiça do comércio escravista. Os homens eram hábeis trabalhadores, e as mulheres se mostravam dóceis, tornando-se assim não apenas escravas domésticas, mas também concubinas. Essa é a origem em São Pulo de uma população mestiça muito grande, falando uma língua, chamada de tupi paulista, que se manteve até meados do século XVIII, quando os idiomas indígenas foram proibidos pelo rei de Portugal.
Os primeiros ataques às reduções de Guairá foram realizadas pelas bandeiras chefiadas por Manoel Preto. Em 1623, ele e seu irmão, Sebastião Preto, prepararam uma expedição que deixou São Paulo praticamente de4spovoada de homens. O ataque rendeu cerca de 3 mil cativos, que foram levados para as fazendas do planalto e para outras praças.

No ano de 1628, as reduções do Guairá foram arrasadas e reduzidas a cinzas. Uma bandeira formada por noventa mestiços e mais de 2 mil indígenas Tupi deixou a vila de São Paulo, comandada por Antônio Raposo Tavares. Eles foram diretamente para Guairá e no vale do rio Ivaí arrasaram as reduções e prenderam mais de 4 mil Guarani. Queimaram as casas, a igreja, destruíram os roçados e invadiram o convento.

Dois padres jesuítas foram presos com os índios e também marcharam até o planalto paulista. Os padres ficaram chocados pela alegria com que essa expedição foi recebida em São Paulo. Um deles escreveu: "A vida toda desses bandidos é ir ao sertão, trazendo presos [os índios] com tanta crueldade e violência para vendê-los como porcos!"
Esperando escapar dos paulistas, os jesuítas transferiram-se para o Tape, no atual Rio Grande do Sul. Os bandeirantes igualmente arrasaram a nova missão, aprisionaram 1.500 Guarani, levando-os como prisioneiros para São Paulo.

Raposo Tavares é conhecido na história do Brasil por ter expandido as fronteiras do território brasileiro. Em uma de suas campanhas, no ano de 1648, saiu de São Paulo com sessenta brancos e muitos indígenas e fez uma marcha de 12 mil quilômetros. Sua bandeira atravessou toda a região amazônica pelos rios Mamoré, Madeira e Amazonas, e chegou até Belém do Pará. Mas toda essa expansão teve um preço muito alto e significou a destruição de muitas nações indígenas.


Fonte:  Brasil Indígena: 500 anos de resistência / Benedito Prezia, Eduardo Hoomaert. - São Paulo: FTD, 2000
 

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