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Guerrilhas - Rugendas |
O
século XVI foi testemunha de importantes guerras de resistência, embora
os livros didáticos quase não as registrem. Numerosos foram os focos de
luta, mas é difícil reconstruir os fatos, pois os portugueses ocultaram
suas numerosas derrotas e também suas não menos numerosas crueldades
contra povos inteiros. Assim, só no século XVI muitas nações foram
totalmente exterminadas, como os Caeté de Alagoas e os Goitaká do Rio
de Janeiro. Outros se submeteram, como os Tobajara do interior da
Paraíba, os Potiguara da e do Rio Grande do Norte e os Tupinikim de São
Paulo e da Bahia.
Os Potiguara que viviam na Paraíba e no Rio Grande
do Norte resistiram durante treze anos (1586 a 1599); por fim, foram
integrados ou extintos.
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A
invasão da
Paraíba começou em 1579, quando Frutuoso Barbosa ali chegou com ordem
do rei de Portugal para tomar posse daquela terra. Trouxe consigo uma
verdadeira expedição composta por soldados, frades e aventureiros.
Ajudados
pelos franceses, os Potiguara, aparentados aos Tupinambá, armaram-se e,
em 1586, atacaram a fortaleza que os portugueses haviam construído.
Faltou pouco para uma esmagadora vitória. Reforços vindos de Pernambuco
salvaram os portugueses, que conseguiram reverter a situação graças às
armas de fogo.
Os
Potiguara resistiram graças à liderança de Tijukupapo e Penakama à
frente dos guerreiros de mais de cinqüenta aldeias. Mas a aliança com
os Tobajara, inimigos dos Potiguara, foi fator decisivo para os
portugueses mudarem os rumos da guerra, ajudados também por uma
terrível epidemia de varíola que provocou grande mortandade entre os
indígenas.
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