Terra Brasileira
Brasil Folclórico
folclore
modus Transporte
artesanato culinária
literatura Contos lendas mitos
música danças religiosidade tipos ofícios contatos
Loja

O Transporte
Embarcações
-Região Amazônica
-As Balsas
-As Pranchas
-Os Saveiros
-Hidrovias
-Diário de Navegação
O Carro de Boi
As Tropas
As Carroças
Sobre Trilhos
Sobre pneus
A Bicicleta



Hidrovias
Os sistemas urbanos de transporte hidroviário de passageiros no Brasil estão restritos aos aglomerados urbanos localizados na orla marítima e na bacia Amazônica em linhas urbanas e interestaduais, onde desempenha um importante papel na mobilidade regional da população. Os que mais se destacam são os do Rio de Janeiro, Santos, Salvador, Aracaju, Amazonas, Vitória, São Luís e Belém, responsáveis pelo transporte de 38 milhões de passageiros por ano de 1998, em dez linhas operacionais. (NEVES, 2004)

Em algumas cidades brasileiras, é possível incorporar o modo hidroviário como componente da mobilidade urbana, integrado aos demais modos de serviços terrestres. Algumas regiões dependem exclusivamente desta modalidade de transporte para atender seus usuários, geralmente pessoas de baixa renda.

O uso de barcas no transporte urbano apresenta mundialmente uma tendência de crescimento, devido a três fatores:
Bacias Hidrográficas
Acervo ANTAQ - Agência Nacional de Transporte Aquaviários
1) dependência de certas regiões deste modo de transporte;
2) queda no nível de serviço das outras modalidades terrestres;
3) e ainda pela evolução tecnológica do setor na produção de embarcações de alto desempenho.


No contexto da modernização geral dos sistemas hidroviários, nota-se na experiência brasileira uma retomada do envolvimento dos órgãos gestores governamentais e do interesse do setor privado em assumir a operação de novos serviços mediante processos de concessão.

Nos projetos de reestruturação, os investimentos geralmente se concentram na:

1) melhoria das embarcações, com destaque para tecnologia dos equipamentos que proporciona aumento de velocidade das embarcações, redução dos tempos de atracação e desatracação;

2) investimentos em novos projetos de terminais, cais e embarcações, visando maior rapidez no embarque / desembarque, como parte de uma estratégia de ampliar a competitividade do modo
hidroviário no mercado de serviço de transporte de passageiros.

Transporte hidroviário é o tipo de transporte aquaviário realizado nas hidrovias (são percursos pré-determinados para o tráfego sobre águas) para transporte de pessoas e mercadorias. As hidrovias de interior podem ser rios, lagos e lagoas navegáveis que receberam algum tipo de melhoria/sinalização/balizamento para que um determinado tipo de embarcação possa trafegar com segurança por esta via.

O Brasil possui uma rede hidroviária economicamente navegada de aproximadamente 22.037 km.
Segundo o PNLT (2012), a participação do modal aquaviário, considerando hidrovias e cabotagem, é de 13% do total, sendo que as hidrovias respondem por 5%. Segundo o levantamento das vias economicamente navegadas, realizado pela ANTAQ (2014), as principais hidrovias do país são:

Amazônica (17.651 quilômetros);
Tocantins-Araguaia (1.360 quilômetros);
Paraná-Tietê (1.359 quilômetros);
Paraguai (591 quilômetros);
São Francisco (576 quilômetros);
Sul (500 quilômetros).
52% do potencial navegável do país é utilizado para o transporte de cargas ou passageiros, considerando o total previsto no PVN de 1973 e atualizações.
80 % das hidrovias estão na região amazônica, especificamente no complexo Solimões-Amazonas.
De acordo com balanço da Antaq, o Brasil movimentou via navegação nos rios internos, 38 milhões de toneladas no primeiro semestre de 2014.

Os sistemas hidroviários brasileiros identificados como os de maior potencial para a utilização de embarcações de alta velocidade são : Rio de Janeiro, Santos, Salvador, Aracaju, Vitória, São Luís, Belém e o sistema Amazônico como um todo.

O sistema Amazônico envolve o transporte entre as principais cidades da Amazônia, onde só existem duas alternativas de transporte, o aéreo e o hidroviário, sendo este último de vital importância econômica e social para a região, onde, na maioria de suas linhas as embarcações empregadas são embarcações lentas, sem nenhum conforto e geralmente construídas de madeira. Nas linhas Belém-Manaus e  Belém-Macapá já se observa uma evolução tecnológica neste transporte, uma vez que já existem um número considerável de embarcações construídas em aço, com um critério de projeto melhor elaborado. A linha Belém- Macapá vem na vanguarda da evolução tecnológica do transporte hidroviário da Amazônia, pois é a primeira linha a operar com embarcações de alta velocidade do tipo catamarã e monocasco, com velocidades em torno de 30 nós e com um padrão de acomodações, serviços e climatização bem superiores as tradicionais embarcações convencionais que operam em outras linhas da região.
Embarcação típica do Amazonas
Embarcação típica da Região Amazônica - Acervo ANTAQ
Embarcação típica do Amazonas
Embarcação típica da Região Amazônica - Acervo ANTAQ
Interior de estação hidroviaria
Interior da Estação Hidroviária de Passageiros Roadway em Manaus (AM) - Acervo ANTAQ
Interior de embarcação típica do Amazonas
Interior de Embarcação Típica de Passageiros da Região Amazõnica - Acervo ANTAQ
O sistema de transporte hidroviário de passageiros do Rio de Janeiro é o mais importante do pais e transporta cerca de 23 milhões de passageiros/ano. Este sistema é constituído de três linhas urbanas e uma de apoio a plataformas de petróleo :

Praça XV – Niteroi ( linha de maior movimentação de passageiros do Brasil )
Praça XV – Ilha de Paquetá
Praça XV – Ilha do Governador
Campos (RJ)  - Plataformas da Petrobrás (RJ)
Embarcação convencional (barca) da travessia Rio-Niterói
Embarcação convencional (barca) da travessia Rio-Niterói -  Acervo Oceanica - UFRJ
O sistema Santos insere-se no sistema de travessias litorâneas do estado de São Paulo, composto por um  total de 10 linhas.
Constituído de 2 linhas da travessia Santos – Guarujá, o sistema de Santos, segundo em importância no país, transportou em 1998 aproximadamente 7 milhões de passageiros em 9 embarcações convencionais.

O sistema Salvador tem como principal linha, a Salvador – Ilha de Itaparica que transportou, em 1998, aproximadamente 5,7 milhões de passageiros. Esta ligação é feita por 9 ferry-boats para o transporte de veículos e passageiros e 1 catamarã de passageiros.

Sistema hidroviário de Vitória é composto de 2 linhas entre o terminal central da capital e os terminais de Paul e da Prainha, localizados no município de Vila Velha.
Foram transportados, em 1998 nestas duas linhas, no ano passado, 449 mil passageiros em duas embarcações operadas pela empresa PISA.

O sistema hidroviário de São Luís transportou 157 mil passageiros, em 1998, nas 2 linhas  pesquisadas ligando a capital do Maranhão a Alcântara, sendo este o único meio de acesso a esta localidade.
A ligação, centro a centro, entre São Luis e Alcântara, é operada pela empresa Pericumã e a ligação entre São Luís e a localidade de Cujupe, distrito de Alcântara, operada pela Servi – Porto, a qual propicia, a passageiros e veículos, o acesso a cerca de 30 municípios da baixada ocidental maranhense, com vantagem de, aproximadamente, 300 km sobre a alternativa rodoviária.
Existem também 2 linhas especiais para Alcântara, uma destinada ao transporte social, através da prefeitura deste município, e a outra para o transporte de funcionários do centro de lançamento de Alcântara.
O regime peculiar das marés da baia de São Marcos reduz a navegação a umas poucas horas diárias, o que limita o desenvolvimento hidroviário para a população local, afetando menos o transporte para fins turísticos.
A empresa Pericumã pretende adquirir um catamarã de alta velocidade para passageiros para operar entre os terminais centrais de São Luís e Alcântara.

No sistema Belém existe grande movimentação de passageiros intermunicipais, distribuídos por diversas rotas fluviais, geralmente de pequena e média distâncias. O tráfego hidroviário municipal regular é reduzido, porém essencial para os habitantes das ilhas que compõem o município de Belém.
Em 1998 foram movimentados cerca de 278 mil passageiros nas 3 linhas urbanas gerenciadas pela Cia. de Transportes do Município de Belém – CTBEL. Além das empresas regulares existem inúmeros barqueiros que prestam serviços de transportes, muitas vezes em embarcações muito precárias, carentes de segurança e desconfortáveis atendendo a várias rotas que ligam a cidade de Belém as 44 ilhas do município, sendo que 42 só são acessíveis por via fluvial.
As linhas mais importantes do sistema Belém são a Belém –Arapari e Belém São  Francisco que juntas movimentam aproximadamente 14.000 passageiros diariamente em embarcações convencionais e de alta velocidade.

No Rio de janeiro e Salvador são utilizadas embarcações de deslocamento convencionais e embarcações de alta velocidade (HSC- High Speed Craft) que atingem camadas de maior poder aquisitivo da população.
Em Santos, Aracaju e Vitória são utilizadas embarcações convencionais de deslocamento.
Na zona metropolitana de Belém, são utilizadas embarcações convencionais de deslocamento e lanchas rápidas para o transporte de passageiros.



Fonte : PlanMob - Construindo a Cidade Sustentável - Caderno de referências para Elaboração de Plano de Mobilidade Urbana - Secretaria Nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana -Ministério das Cidades, 2007
http://www.transportes.gov.br/conteudo/55-acervo/2840-transporte-hidroviario.html
http://www.oceanica.ufrj.br/ocean/hscraft/brasillinhas.htm



Embarcações

Deixe seu comentário: Deixe seu comentário:
Correio eletrônico Facebook
Livro de visitas Twitter