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Nos
projetos de reestruturação, os investimentos geralmente se concentram
na:
1)
melhoria das embarcações, com destaque para tecnologia dos equipamentos
que proporciona aumento de velocidade das embarcações, redução dos
tempos de atracação e desatracação;
2) investimentos em novos projetos de terminais, cais e embarcações, visando maior rapidez no embarque / desembarque, como parte de uma estratégia de ampliar a competitividade do modo hidroviário no mercado de serviço de transporte de passageiros. Transporte hidroviário é o tipo de transporte aquaviário realizado nas hidrovias (são percursos pré-determinados para o tráfego sobre águas) para transporte de pessoas e mercadorias. As hidrovias de interior podem ser rios, lagos e lagoas navegáveis que receberam algum tipo de melhoria/sinalização/balizamento para que um determinado tipo de embarcação possa trafegar com segurança por esta via. O Brasil possui uma rede hidroviária economicamente navegada de aproximadamente 22.037 km. Segundo o PNLT (2012), a participação do modal aquaviário, considerando hidrovias e cabotagem, é de 13% do total, sendo que as hidrovias respondem por 5%. Segundo o levantamento das vias economicamente navegadas, realizado pela ANTAQ (2014), as principais hidrovias do país são: Amazônica (17.651 quilômetros); Tocantins-Araguaia (1.360 quilômetros); Paraná-Tietê (1.359 quilômetros); Paraguai (591 quilômetros); São Francisco (576 quilômetros); Sul (500 quilômetros). 52% do potencial navegável do país é utilizado para o transporte de cargas ou passageiros, considerando o total previsto no PVN de 1973 e atualizações. 80 % das hidrovias estão na região amazônica, especificamente no complexo Solimões-Amazonas. De acordo com balanço da Antaq, o Brasil movimentou via navegação nos rios internos, 38 milhões de toneladas no primeiro semestre de 2014. Os sistemas hidroviários brasileiros identificados como os de maior potencial para a utilização de embarcações de alta velocidade são : Rio de Janeiro, Santos, Salvador, Aracaju, Vitória, São Luís, Belém e o sistema Amazônico como um todo. O sistema Amazônico envolve o transporte entre as principais cidades da Amazônia, onde só existem duas alternativas de transporte, o aéreo e o hidroviário, sendo este último de vital importância econômica e social para a região, onde, na maioria de suas linhas as embarcações empregadas são embarcações lentas, sem nenhum conforto e geralmente construídas de madeira. Nas linhas Belém-Manaus e Belém-Macapá já se observa uma evolução tecnológica neste transporte, uma vez que já existem um número considerável de embarcações construídas em aço, com um critério de projeto melhor elaborado. A linha Belém- Macapá vem na vanguarda da evolução tecnológica do transporte hidroviário da Amazônia, pois é a primeira linha a operar com embarcações de alta velocidade do tipo catamarã e monocasco, com velocidades em torno de 30 nós e com um padrão de acomodações, serviços e climatização bem superiores as tradicionais embarcações convencionais que operam em outras linhas da região.
O
sistema Santos insere-se no sistema de travessias litorâneas do estado
de São Paulo, composto por um total de 10 linhas.
Constituído de 2 linhas da travessia Santos – Guarujá, o sistema de Santos, segundo em importância no país, transportou em 1998 aproximadamente 7 milhões de passageiros em 9 embarcações convencionais. O sistema Salvador tem como principal linha, a Salvador – Ilha de Itaparica que transportou, em 1998, aproximadamente 5,7 milhões de passageiros. Esta ligação é feita por 9 ferry-boats para o transporte de veículos e passageiros e 1 catamarã de passageiros. Sistema hidroviário de Vitória é composto de 2 linhas entre o terminal central da capital e os terminais de Paul e da Prainha, localizados no município de Vila Velha. Foram transportados, em 1998 nestas duas linhas, no ano passado, 449 mil passageiros em duas embarcações operadas pela empresa PISA. O sistema hidroviário de São Luís transportou 157 mil passageiros, em 1998, nas 2 linhas pesquisadas ligando a capital do Maranhão a Alcântara, sendo este o único meio de acesso a esta localidade. A ligação, centro a centro, entre São Luis e Alcântara, é operada pela empresa Pericumã e a ligação entre São Luís e a localidade de Cujupe, distrito de Alcântara, operada pela Servi – Porto, a qual propicia, a passageiros e veículos, o acesso a cerca de 30 municípios da baixada ocidental maranhense, com vantagem de, aproximadamente, 300 km sobre a alternativa rodoviária. Existem também 2 linhas especiais para Alcântara, uma destinada ao transporte social, através da prefeitura deste município, e a outra para o transporte de funcionários do centro de lançamento de Alcântara. O regime peculiar das marés da baia de São Marcos reduz a navegação a umas poucas horas diárias, o que limita o desenvolvimento hidroviário para a população local, afetando menos o transporte para fins turísticos. A empresa Pericumã pretende adquirir um catamarã de alta velocidade para passageiros para operar entre os terminais centrais de São Luís e Alcântara. No sistema Belém existe grande movimentação de passageiros intermunicipais, distribuídos por diversas rotas fluviais, geralmente de pequena e média distâncias. O tráfego hidroviário municipal regular é reduzido, porém essencial para os habitantes das ilhas que compõem o município de Belém. Em 1998 foram movimentados cerca de 278 mil passageiros nas 3 linhas urbanas gerenciadas pela Cia. de Transportes do Município de Belém – CTBEL. Além das empresas regulares existem inúmeros barqueiros que prestam serviços de transportes, muitas vezes em embarcações muito precárias, carentes de segurança e desconfortáveis atendendo a várias rotas que ligam a cidade de Belém as 44 ilhas do município, sendo que 42 só são acessíveis por via fluvial. As linhas mais importantes do sistema Belém são a Belém –Arapari e Belém São Francisco que juntas movimentam aproximadamente 14.000 passageiros diariamente em embarcações convencionais e de alta velocidade. No Rio de janeiro e Salvador são utilizadas embarcações de deslocamento convencionais e embarcações de alta velocidade (HSC- High Speed Craft) que atingem camadas de maior poder aquisitivo da população. Em Santos, Aracaju e Vitória são utilizadas embarcações convencionais de deslocamento. Na zona metropolitana de Belém, são utilizadas embarcações convencionais de deslocamento e lanchas rápidas para o transporte de passageiros. |
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