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Os Anjos

Anjo, do latim angelus e do grego ángelos (ἄγγελοϛ).
Ser celeste intermediário entre Deus e os homens.

“... as palavras das Escrituras testificam a existência dos anjos. Recorre-se à hermenêutica para interpretar a palavra ‘céu’ em Gn 1,1 como referência à criação dos Anjos. Sua origem, por criação, fica ainda mais evidente com o Evangelho e, por exemplo, com a Epístola de São Paulo aos Colossenses Col 1, 16: “n'Ele foram criadas todas as coisas, nos céus e na terra, as criaturas visíveis e as invisíveis: Tronos, Dominações, Principados, Potestades, tudo foi criado por Ele e para Ele”. O testemunho da Escritura a respeito de sua origem é tão claro quanto à unanimidade da Tradição e do Magistério da Igreja. Nessa mesma linha, Santo Tomás de Aquinodemonstra a sua existência espiritual, confirmando sua origem por criação .”
Mesmo sendo puramente espiritual, ou seja, não possuindo matéria, nem estando submetido ao movimento e ao tempo, o Anjo, porque foi criado, não existiu desde sempre. O Anjo, portanto, não é eterno, pois além de sua existência ter começado a partir de um instante, sua essência também não era, por si mesma, necessária, mas efeito do amor, sabedoria, liberdade, bondade e poder divinos.”

Hierarquia celeste

Hierarquia é governo sagrado. Tudo que Deus cria, Ele santamente governa segundo a Sua sabedoria, imprimindo uma ordem na criação. As criaturas ordenam-se segundo a perfeição das suas respectivas naturezas. As naturezas criadas representam três graus de perfeição, conforme se assemelhem mais à Unidade da Trindade. De modo que em tudo está representada, segundo certo grau, alguma perfeição da Trindade. Dentre as criaturas espirituais, as que mais se assemelham à natureza divina são os anjos.

Primeira hierarquia, mais próxima e relativa aos segredos de Deus e por isso é a hierarquia superior que recebe a iluminação divina, conhecendo-a no próprio Deus e na caridade;

Segunda hierarquia, relativa ao governo e direção divinos, denominada hierarquia média, recebe a iluminação divina relativa às coisas mais universais, ordenando-as na esperança;

Terceira hierarquia, relativa à execução dos ofícios e atividades divinas, conhecida como hierarquia inferior, e que recebe a iluminação divina em sua determinação e efeitos particulares, executando-a na fé.
Hirarquia Celeste

A Primeira Hierarquia se divide em três ordens:
1ª  Ordem, a dos Serafins (ardor caritativo: imagem do amor divino);
2ª  Ordem, a dos Querubins (plenitude de ciência: imagem da sabedoria divina)
3ª  Ordem, a dos Tronos (assento de Deus: compreendem o juízo divino).

A Segunda Hierarquia se divide em três ordens:
1ª  Ordem, Dominação (governo dos próprios anjos: domina e distingue o que fazer);
2ª  Ordem, Virtude (executa a ordem da dominação com relação à natureza física)
3ª  Ordem, Potestade (ocupa-se do combate aos anjos caídos).

A Terceira Hierarquia também se divide em três ordens:
1ª  Ordem, Principado (guia na execução dos atos e dirigem os destinos das nações);
2ª Ordem, Arcanjo (anuncia importantes missões aos homens e guarda as pessoas que desempenham importantes funções para a glória de Deus, como o Papa, bispos e sacerdotes)
3ª  Ordem, Anjo (anuncia, comunica e protege individualmente cada homem).


Primeira Hierarquia:

Os Serafins
Os Serafins representam a ordem mais elevada, os anjos do amor, da luz e do fogo. Seu nome tem origem na palavra hebraica seraphs, que significa "amor".
A importância mística do fogo é a ação de limpar. É um símbolo de purificação.

Esse fato é, em particular, evidenciado no Livro de Isaías, pois, quando o profeta vê os Serafins, proclama: “Ai de mim, gritava eu. Estou perdido porque sou um homem de lábios impuros, e habito com o povo (também) de lábios impuros, e entretanto, meus olhos viram o Rei, o Senhor dos exércitos!” Porém, um dos serafins voou em minha direção; trazia na mão uma brasa viva, que tinha tomado do altar com uma tenaz. Aplicou-a na minha boca e disse: “Tendo esta brasa tocado teus lábios, teu pecado foi tirado, e tua falta apagada.” (Isaías 6,5-7)


Os Querubins
Os Querubins constituem a segunda ordem mais elevada de anjos. Traduzido do assírio, Querubim significa "aquele que ora" ou "aquele que intercede". O profeta Ezequiel teve uma visão profunda dos Querubins. O Capítulo 10 do Livro de  Ezequiel parecia prever o advento do Messias. Em sua visão, um homem penetra entre os Querubins, retira carvões (que simbolizam os Serafins), e espalha-os sobre a cidade. Jesus foi chamado de Divino Intercessor, e na visão de Ezequiel esse Intercessor está saindo da hoste sagrada para levar a intercessão e a purificação
(fogo) para a humanidade.
Os Querubins também atuam como a memória de Deus ou anjos que guardam os registros do conhecimento celeste. Isto realiza a visão de Ezequiel e também revela o papel dos Querubins como "doadores de conhecimento".


Os Tronos
Os Tronos administram a justiça de Deus. Os Tronos constituem uma fonte das forças kármicas, e talvez seja em seu âmbito que o Arcanjo Halaliel mantém sua posição na ordem divina. Dionísio diz que, por intermédio dos Tronos, Deus faz com que sua justiça recaia sobre nós. De acordo com uma lenda judaica, muitos dos anjos desse reino passaram para o lado dos anjos caídos e não ocupam mais uma posição na hierarquia celeste superior. As atividades dos anjos caídos do reino dos Tronos incorpora todas as atividades de injustiça e de discórdia nos assuntos da humanidade sobre a Terra. No entanto, embora a batalha entre a justiça e a injustiça se afigure a nós sempre em andamento, parece que, finalmente, o bem prevalecerá sobre o mal, e a justiça de Deus (graça) sobrepujará todas as forças de oposição.
Isaias e o Serafim
Isaias e o Serafim

Hierarquia Celeste
Segunda Hierarquia:


As Dominações
As Dominações, o nível seguinte da hierarquia celeste, manifestam-se no mundo como as forças da natureza em toda a sua diversidade e esplendor - nos reinos animal, vegetal e mineral terrestres. Juntamente com essas normas, o plano perfeito em potencial e o propósito da evolução inerente a todas as manifestações físicas da Terra originam-se das Dominações. A lei da evolução no reino espiritual das Dominações fornece o padrão para que todas as coisas tenham consciência individual mas, além disso, também contenham o padrão da unidade universal. Esse ramo da hierarquia pode ser visto como a fonte originária e a perfeição final do plano de Deus para a criação.

As Virtudes
As Virtudes são as forças angélicas que manifestam milagres no espírito e sobre a Terra. Enquanto os Tronos emanam justiça, as Virtudes emanam graça. Embora haja muitas manifestações concernentes ao estado de graça efetuadas por muitos mestres e professores, acredita-se que Jesus foi o primeiro ser humano a ter atingido plenamente esse estado de perfeição (graça) no corpo, na mente e no espírito.
Essa graça resume a majestade das forças das Virtudes. Os cristãos primitivos acreditavam que quando Jesus fazia milagres, Ele invocava as forças angélicas das Virtudes.

As Potestades
As Potestades compreendem as inteligências angélicas guerreiras, as quais, conforme se acredita, mantêm os demônios e os anjos caídos situados não apenas nos reinos espirituais, mas também na Terra. Do lado virtuoso, esses seres angélicos emanam poder criativo para as almas da humanidade. De acordo com o Dictionary of Angels, de Gustav Davidson, as Potestades regulam o poder punitivo, a misericórdia, a legislação e o poder soberano. Nos raros casos de exorcismo (que a Igreja Católica relutantemente admite que ainda seja praticado nos EUA), o sacerdote invoca a presença de Cristo para expulsar o demônio, e as forças convocadas emanam dos guardiães das Potestades, os quais reinam soberanos sobre as forças demoníacas.
Qualquer forma de poder no domínio terrestre emana dessa ramificação da hierarquia divina. No ápice de sua Fonte, as Potestades são puras forças benevolentes, embora, às vezes, possam ser distorcidas para o mal, de acordo com a vontade humana. Devido ao fato de as Potestades serem co-dirigentes de causa e efeito com os Tronos, o abuso ou o mau uso de sua energia pura sempre chama em cena os Tronos para que desempenhem o seu papel, fazendo retomar ao emissor a atividade do mau uso, uma situação que põe em jogo as forças kármicas: " ... que o homem semeia, isso mesmo colherá" (Gálatas 6,7).

Hieraquia Celeste
Terceira Hierarquia

Os Principados
Os Principados são os mais altos seres espirituais da terceira tríade da hierarquia angélica. A diversidade das religiões no mundo origina-se dessas inteligências celestes. Os líderes das nações têm a capacidade de ser suscetíveis à influência dos Principados - isto é, se se dispuserem a
ouvi-los - e a eles é dada uma orientação divina em sua tomada de decisões. Assim como cada pessoa tem um destino individual para cumprir, cada coletividade de uma nação tem igualmente um destino único. Da mesma maneira que um órgão do corpo é constituído de milhões de células - que formam o órgão completo -, cada pessoa numa nação é como uma célula. Quando todas as pessoas cooperam num estado de divindade, então a nação operará plenamente como um "órgão" no corpo da Força Una de Deus. Os Principados poderiam ser concebidos como a porção do "centro nervoso" do cérebro que governa o despertar espiritual das massas. Flower Newhouse afirmou que essas forças angélicas não intervêm nem guardam "as políticas de uma nação, mas somente os seus incentivos humanitários e a sua cultura única".

Os Arcanjos
Um dos papéis dos Arcanjos, a ordem seguinte da hierarquia angélica, consiste em supervisionar as atividades de uma nação. Em diferentes períodos da história, vários Arcanjos reinantes inspiraram divinamente o nosso mundo através da arte, da literatura, da música, da
religião e do misticismo. Embora os Arcanjos pertençam aos postos inferiores da hierarquia celeste, eles parecem capazes de comandar todas as forças divinas para a execução do seu trabalho, ao surgirem na Terra com as mensagens do Altíssimo, pondo a seu serviço os Tronos,
os Principados e as Virtudes. As ordens mais elevadas são, pelo que parece, as fontes das quais os Arcanjos extraem sua atividade. Por exemplo, é possível que o posto ao qual Miguel pertence seja a mais alta ordem em atividade, como se, no próprio movimento que realizam na consciência, os Principados, as Virtudes e os Tronos se tornassem Arcanjos.
Em seu livro Rediscovering the Angels, Flower Newhouse escreve que os Arcanjos poderiam evoluir para as ordens mais elevadas da  hierarquia angélica e lá permaneceram, mas, em vez disso, escolheram ajudar as almas da humanidade a se recordarem da sua herança divina: "Os Arcanjos são dotados de um tremendo desenvolvimento e poderiam ocupar os postos de qualquer uma das Ordens Avançadas descritas [hierarquia celeste], mas escolheram ser intérpretes entre as Ordens Superiores e os Postos dos Anjos e os homens."
(ver Arcanjos na Menu lateral)

Os Anjos
A ordem inferior da terceira hierarquia abrange os Anjos. Embora estejam nesse nível na hierarquia celeste, suas atividades e deveres são extremamente importantes na interação divina entre os reinos celestes e o domínio terrestre. Os Anjos estendem uma ponte entre o "visível" e
o "invisível", e se manifestam de várias formas.
Os Anjos são os "registradores" das nossas experiências. Eles apresentam a Deus esses eventos e nós os vemos depois da morte. Muitas pessoas que tiveram experiências de quase-morte relatam que se encontraram num lugar onde cada pensamento e cada ação de suas vidas lhes foi apresentada numa repetição panorâmica e instantânea. Essa revisão da vida freqüentemente ocorre na presença de Cristo, de "seres de luz" ou de anjos. É acompanhada por um poderoso sentido de amor incondicional, independentemente das más ações, das faltas e dos pecados dos indivíduos. Quando os Anjos levam a Deus o registro de nossas experiências, aprendemos com maior clareza a respeito da nossa relação com o nosso Criador. Também ficamos sabendo onde falhamos e onde progredimos no desenvolvimento da alma durante a vida.

A divina hierarquia angélica é mais que um conjunto de seres celestes: corresponde a estados de consciência interiores e exteriores, que se apresentam constantemente, abrindo-nos oportunidades para o despertar divino. Hoje, mais do que nunca, desponta dentro do coração e da mente das pessoas, por toda a parte, a percepção de que o Divino não é um ser sobrenatural que se deva procurar em algum ponto fora de nós, mas uma parte da nossa linhagem espiritual. Durante muitas épocas, as comunicações provenientes desses seres não eram compreensíveis pela nossa consciência materialista. Hoje, no entanto, as almas sobre a Terra estão despertando de um longo sono espiritual e estão sendo preparadas para a revelação (no nível da mente consciente) de um grande mistério- o de que somos parte e parcela dos grandes anjos de luz e de amor.
(ver Anjos da Guarda na Menu lateral)


Fontes : A ordem dos anjos, segundo Tomás de Aquino / Prof. Dr. Paulo Faitanin. - Universidade Católica de Pernambuco. 2010
               A Hierarquia Angélica e o Karma Planetário / Robert J. Grant. - São Paulo : Editora Pensamento, 1999
© Starblue | Dreamstime.com - Angels With Divine Light Photo

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