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O Terço

O Terço
O Terço - Foto de Angelo Zucconi

Chama-se terço (5 dezenas = 50 Ave-Marias) porque é a terça parte do rosário (15 dezenas = 150 Ave-Marias).
A História do Terço

História do rosário: segundo consta, o rosário teve suas origens na Irlanda, no século IX. Naquela época, os 150 salmos de Davi eram uma das formas mais usadas de oração entre os monges. Os leigos, não sabendo ler, contentavam-se em ouvir a recitação dos Salmos.

Por volta do ano 800, começou a surgir o costume, entre os leigos, de recitarem 150 “Pai-nossos” (texto bíblico). No início os devotos usavam uma bolsa de couro com 150 pedrinhas para contar as vezes que repetiam a oração. Mais tarde começou a ser usado um cordão com 50 pedacinhos de madeira. É a origem do instrumento que chamamos de terço.

Em 1072 São Pedro Damião menciona que já era costume, em sua época, recitar, em forma de diálogo, 50 vezes a saudação angélica (primeira parte da Ave-Maria).

Durante o Sec. XIII apareceu o costume de se recitar 150 louvores a Maria (breves pensamentos lembrando as virtudes e glórias de Nossa Senhora). Neste período aparece a palavra rosarium que significa buquê de rosas.

Por volta de 1365, Henrique Kalkar agrupou as 150 saudações angélicas em dezenas, intercalando um Pai-Nosso em cada grupo de 10 Ave-Marias. Desta data até 1470 foram feitas outras modificações.

A partir de 1470, apareceram os dominicanos como os grandes propagadores desta forma simples de oração. A cada uma 150 Ave-Marias correspondia um pensamento bíblico.

Por volta de 1500, teve origem a xilogravura. Como o analfabetismo continuava a imperar, usava-se reproduzir em madeira as cenas evangélicas para meditação. Usavam-se 15 cenas bíblicas correspondentes a cada dezena de Ave-Marias.

Durante os séculos XVI e XVII generalizou-se o costume de se explicitarem apenas os 15 pensamentos relativos a cada dezena.

Por volta de 1700, São Luiz de Montfort consagrou a forma de se ler um pensamento mais longo, narrando a cena Bíblica e sugerindo atitudes práticas a cada dezena de Ave-Marias. Convencionou-se chamar cada um destes pensamentos de “mistério”. É a forma mais conhecida hoje, o rosário com 15 mistérios.

Hoje se reza mais o terço, os mistérios foram divididos em quatro partes, cada qual com 5 meditações: nascimento e infância de Jesus (Mistérios da Alegria), paixão e morte (Mistérios Dolorosos ou Mistérios da Dor), ressurreição e ascensão (Mistérios Gloriosos ou Mistério da Gloria).

Ao celebrar 24 anos de pontificado, no dia 16/10/2002, o Papa João Paulo II assinou a carta apostólica Rosarium Virginis Mariae em que acrescenta, ao rosário, os cinco Mistérios Luminosos ou Mistérios da Luz, inspirados na vida pública de Jesus.
O Terço
O Terço
O Terço:

Sinal da Cruz
Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amén.

Oferecimento
Divino Jesus, nós vos oferecemos este terço que vamos rezar, contemplando os mistérios da nossa redenção. Concedei-nos, por intercessão de Maria, vossa Mãe Santíssima, a quem nos dirigimos, as virtudes que nos são necessárias para rezá-lo bem e a graça de ganhar as indulgências desta santa devoção.

(Em seguida, reza-se o Creio)
Creio em Deus Pai Todo-Poderoso, Criador do céu e da terra e em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor, que foi concebido pelo poder do Espírito Santo, nasceu da Virgem Maria, padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado, desceu à mansão dos mortos, ressuscitou
ao terceiro dia, subiu aos céus, está sentado à direita de Deus Pai Todo-Poderoso, de onde há de vir a julgar os vivos e os mortos; creio no Espírito Santo, na Santa Igreja católica, na comunhão dos santos, na remissão dos pecados, na ressurreição da carne e na vida eterna. Amém.

(Após o Creio, reza-se um Pai-nosso e três Ave-Marias e o Glória)

Pai nosso, que estais nos céus, santificado seja o vosso nome; venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido. E não nos deixeis cair em tentação, mas livrei-nos do mal. Amém.

Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco; bendita sois vós entre as mulheres, e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus.
Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém.

Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo, como era no princípio, agora e sempre. Amém.

(Após o glória, pode-se rezar uma jaculatória como abaixo ou outra à escolha)

Ó meu Jesus, perdoai-nos e livrai-nos do fogo do inferno, levai as almas todas para o céu e socorrei principalmente as que mais precisarem. Abençoai o Santo Padre o Papa, o nosso bispo diocesano e todo o povo de Deus.

(Em seguida, reza-se a contemplação dos Místérios de acordo com o dia da semana)
Mistérios da Alegria
Ou Mistérios Gozosos
(segundas-feiras e sábados)

1. No primeiro mistério da alegria contemplamos a anunciação do Arcanjo São Gabriel à Virgem Maria (Lc 1,26-39).

Pai-nosso, dez ave-marias, glória ao Pai.

2. No segundo mistério da alegria contemplamos a visita de Maria à sua prima Isabel (Lc 1,39-56).

Pai-nosso, dez ave-marias, glória ao Pai.

3. No terceiro mistério da alegria contemplamos o nascimento de Jesus na gruta de Belém (Lc 2,1-15).

Pai-nosso, dez ave-marias, glória ao Pai.

4. No quarto mistério da alegria contemplamos a apresentação de Jesus no templo, onde Maria encontra o velho Simeão (Lc 2,22-33).

Pai-nosso, dez ave-marias, glória ao Pai.

5. No quinto mistério da alegria contemplamos Jesus perdido e encontrado no templo entre os doutores (Lc 2,42-52).

Pai-nosso, dez ave-marias, glória ao Pai.
Mistérios da Dor
ou Mistérios Dolorosos
(terças e sextas-feiras)

1. No primeiro mistério da dor contemplamos a agonia de Jesus no Jardim das Oliveiras (Mc 14,32-43).

Pai-nosso, dez ave-marias, glória ao Pai.

2. No segundo mistério da dor contemplamos Jesus açoitado por ordem de Pilatos (Jo 18,38-40; 19,1).

Pai-nosso, dez ave-marias, glória ao Pai.

3. No terceiro mistério da dor contemplamos Jesus coroado de espinhos (Mt 27,27-32).

Pai-nosso, dez ave-marias, glória ao Pai.

4. No quarto mistério da dor contemplamos Jesus carregando a cruz até o Monte Calvário (Lc 23,20-32; Mc 8,34b).

Pai-nosso, dez ave-marias, glória ao Pai.

5. No quinto mistério da dor contemplamos a crucifixão e a morte de Jesus na cruz (Lc 23,33-47).

Pai-nosso, dez ave-marias, glória ao Pai.
Mistérios da Glória
ou Mistérios Gloriosos
(quartas-feiras e domingos)

1. No primeiro mistério da glória contemplamos a ressurreição de Jesus Cristo, nosso Senhor (Mc 16,1-8).

Pai-nosso, dez ave-marias, glória ao Pai.

2. No segundo mistério da glória contemplamos a ascensão de Jesus Cristo ao céu (At 1,4-11).

Pai-nosso, dez ave-marias, glória ao Pai.

3. No terceiro mistério da glória contemplamos a vinda do Espírito Santo sobre Nossa Senhora
e os apóstolos (At 2,1-14).

Pai-nosso, dez ave-marias, glória ao Pai.

4. No quarto mistério da glória contemplamos a assunção de Nossa Senhora ao céu (1Cor 15,20-23.53-55).

Pai-nosso, dez ave-marias, glória ao Pai.

5. No quinto mistério da glória contemplamos a coroação de Nossa Senhora como Rainha do céu
e da terra (Ap 12,1-6).

Pai-nosso, dez ave-marias, glória ao Pai.
Mistérios da Luz
ou Mistérios Luminosos
(quintas-feiras)

1. No primeiro mistério da luz contemplamos Jesus sendo batizado por João Batista no rio Jordão
(Mt 3,13-16).

Pai-nosso, dez ave-marias,  glória ao Pai.

2. No segundo mistério da luz contemplamos Jesus nas, bodas de Caná, quando, a pedido de sua mãe, transforma água em vinho (Jo 2,1-12).

Pai-nosso, dez ave-marias, glória ao Pai.

3. No terceiro mistério da luz contemplamos Jesus anunciando o reino de Deus e convidando à conversão (Mc 1,14- 15).

Pai-nosso, dez ave-marias, glória ao Pai.

4. No quarto mistério da luz contemplamos a transfiguração de Jesus no monte Tabor (Lc 9,28-36).

Pai-nosso, dez ave-marias, glória ao Pai.

5. No quinto mistério da luz contemplamos a santa ceia, na qual Jesus institui a eucaristia (Mt 26,26-29).

Pai-nosso, dez ave-marias, glória ao Pai.
(Após o último mistério rezam-se o agradecimento e a salve-rainha)

Agradecimento

Infinitas graças vos damos, Soberana Rainha, pelos benefícios que todos os dias recebemos de vossas mãos Maternais. Dignais-vos agora e para sempre tomar-nos debaixo de vosso poderoso amparo, e para mais vos obrigar vos saudamos com uma salve-rainha:

Salve, Rainha, Mãe de misericórdia, vida, doçura e esperança nossa, salve!
A vós bradamos, os degredados filhos de Eva.
A vós suspiramos, gemendo e chorando neste vale de lágrimas.
Eia, pois, advogada nossa, esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei,
e, depois deste desterro, mostrai-nos Jesus, bendito fruto do vosso ventre,
ó clemente, ó piedosa, ó doce sempre Virgem Maria.

- Rogai por nós, Santa Mãe de Deus.
- Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

Fonte: http://www.overmundo.com.br/overblog/a-historia-do-terco
            O Novo Rosário com os Mistérios da Luz - São Paulo: Paulus, 2002

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