Coube ao Rio de
Janeiro
a primazia do estabelecimento das grandes fazendas de café, a partir
do seu litoral, espalhando-se pelas áreas montanhosas próximas,
descendo para o sul, em direção a Angra dos Reis e Parati, para
finalmente atingir o litoral norte de São Paulo (Ubatuba,
Caraguatatuba e São Sebastião). Essa foi a primeira zona cafeeira
importante do Brasil.
No final do século XIX
o Brasil recebia levas de imigrantes de todos os cantos do planeta
para as fazendas de café. A política
imigratória permaneceu essencialmente a mesma até a I Guerra
Mundial. O programa de imigração permitiu aos fazendeiros não
somente abolir a escravidão sem muitos incômodos, como também
criar as condições para sustentar a expansão da produção
cafeeira.
Nos
últimos dez ou quinze anos do século XIX a pauta de exportações
brasileiras conheceu uma modificação bastante significativa em relação
aos seus itens componentes. Embora o café continuasse a responder por
mais de 60% do valor das exportações, dois novos produtos despontavam
como elementos importantes dentro do panorama do comércio externo do
país: a borracha e o cacau.
Ao contrário do que se poderia pensar, o
cacaueiro (Theobroma Cacao) não é originário da Bahia, mas sim da
Amazônia onde, juntamente com a borracha, fora classificado e explorado
entre as "drogas do sertão", durante o período colonial. Também como o
látex, sua exploração e comercialização sofreram grande impulso no
final do século XIX e começo do atual, encontrando no sul da Bahia o
território ideal para o seu plantio.
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