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Contribuição Indígena

A contribuição indígena na mão-de-obra – a príncipio voluntária, subordinada, em seguida, a regime escravista – foi que permitiu aos portugueses que rapidamente dessem início à tarefa preliminar de reconhecimento territorial e exploração econômica do Brasil, facilitando-lhes a fixação e o meios de subsistência na nova colônia.


O esforço exigido pelo colono do escravo indígena foi o de abater árvores, transportar os toros aos navios, granjear mantimentos, caçar, pescar, defender os senhores contra os selvagens inimigos e corsários estrangeiros, guiar os exploradores através do mato virgem.


O colonizador aprendeu, dos indigenas, muitas receitas para curar doenças.

Outros conhecimentos úteis à atividade ou à economia doméstica transmitiram-se da cultura vegetal do indígena à civilização do colonizador europeu, que os conservou ou desenvolveu, adaptando-os às sua necessidades:

Indígenas cortando pau-brasil
Indígenas cortando e transportando pau-brasil (detalhe ) - 1555
o conhecimento de várias fibras para tecelagem ou entrançado – o algodão, o tucum, o caraguatá-bravo; o de peipeçaba para fazer vassouras; o de abóboras semeadas pelo gentio para servirem-se dos cabaços (cabaças) como vasilhas de carregar água e de guardar farinha, como gamelas e parece que como urinóis; o método de curar jerimum no fumo para durar o ano inteiro; o conhecimento de várias madeiras e outros elementos vegetais de construção, como o cipó, o timbó e o sapé ou a palha de pindoba, empregada por muito tempo na coberturas das casas; o de animais, pássaros, peixes, mariscos, etc., valiosos para a alimentação, prestando-se ao mesmo tempo os seus cascos, penas, peles, lanugem ou couro a vários fins úteis na vida íntima e diária da família colonial; para cuias, agasalho, enchimento de travesseiro, almofadas, colchões, redes; o de junco de tábua, material excelente para esteiras; o de tinta de várias cores, logo empregada na caiação das casas, na tintura de panos, na pintura do rosto das mulheres, no fabrico de tinta de escrever – o branco de tabatinga, o encarnado de araribá, de pau-brasil e de urucu; o preto de jenipapo, o amarelo de tatajuba; o conhecimento de gomas e resinas diversas – prestando-se para grudar papéis, cerrar cartas à maneira de lacre, etc.

O indígena esteve presente em todas as fases da colonização brasileira. 
Atualmente muitos indígenas estão incorporados em várias ramos de atividades da sociedade brasileira, inclusive nas forças armadas.
A crescente presença das Forças Armadas brasileiras (Exército e Aeronáutica) na região do Rio Negro inclui a incorporação progressiva de recrutas indígenas, os quais já constituem a maioria da tropa.
Há demandas por parte das comunidades indígenas, canalizadas pelas associações e pela Foirn, reivindicando ao governo federal a regulamentação das relações com os militares Exceto o pelotão de fronteira localizado em Cucuí, todos os demais estão dentro de terras indígenas demarcadas: Maturacá (na Terra Indígena  Yanomami), São Joaquim, Querari, Iauareté, e Pari-Cachoeira (na Terra Indígena Alto Rio Negro) . Ainda está prevista a instalação de um pelotão defronte a comunidade Baniwa de Tunuí Cachoeira, no alto Içana. Estes pelotões foram construídos pela 1ª Cia. do 1º Batalhão de Engenharia e Construção (BEC) e estão sob comando do 5º Batalhão de Infantaria de Selva (BIS), cujos quartéis estão localizados na cidade de São Gabriel da Cachoeira, onde também estão as bases da Aeronáutica, incluindo o radar do Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivan) e o aeroporto, cuja área de domínio se sobrepõe a áreas ocupadas por comunidades indígenas.
Indígenas no exército brasileiro
Indígenas soldados no 5º Bis, em São Gabriel da Cachoeira
Existe ainda uma área destinada pela União ao uso especial das Forças Armadas (Decreto 95.859, de 22 de março de 1988, com extensão de 10.163 km'), totalmente sobreposta à Terra Indígena Médio Rio Negro I.
Na altura do km 112 da BR-307, que liga São Gabriel da Cachoeira a Cucuí, construída pelo Exército na década de 70 e que corta a Terra Indígena Balaio, está planejada a conclusão de um ramal de 68 km até a aldeia Yanomami de Maturacá, onde está situado um pelotão do  Exército.

Fontes: Brasil História - Texto e Consulta: 1 Colônia / Antonio Mendes Jr., Luiz Roncari e Ricardo Maranhão - São Paulo: Editora Brasiliense, 1979.
Povos Indígenas no Brasil, 1996-2000 / Carlos Alberto Ricardo (editor). – São Paulo: Instituto Socioambiental, 2000
Ilustração: indígenas cortando pau-brasil in Iconografia do Rio de Janeiro 1530 – 1890: Catálogo Analítico, Vol II / Gilberto Ferrez. - Rio de Janeiro: Casa Jorge Editorial, 2000


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