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Arranca-Língua

Monstro gigantesco, macacão de mais de dez metros de altura, que atacava os rebanhos bovinos de Goiás, abatendo as vacas e arrancando-lhes apenas a língua, deixando o corpo intacto. A imprensa goiana, mineira e carioca registrou o mito, divulgando os depoimentos espavoridos dos fazendeiros. O mito ainda resiste, embora se tenha amplamente provado tratar-se de uma epizootia.

*Epizootia: Doença, contagiosa ou não, que ataca numerosos animais ao mesmo tampo e no
mesmo lugar. 

Dama de Branco 

Visagem, assombração, fantasma, duende que aparece aos garimpeiros do rio das Garças: “Passeia à noite pelas estradas. Segue à frente dos cavaleiros, leve e inalcançável. Vai de porteira a porteira. Desaparece às vezes na sombra de uma curva do caminho. Anda pelos arredores dos velhos casarões, como se espairecesse de um tédio. Atribuem-lhe o poder de vigiar pelos enterros, guardados ou achados (ouro, riqueza escondida). Vê-la é uma graça. É sinal de sorte”.
Ver Visão.

Cavalo-Sem-Cabeça 

É assombração comum nas regiões pastoris. 
Penitência sobrenatural dos maus fazendeiros.
Gustavo Barroso cita um cavalo-sem-cabeça que aparece nos pátios do Alhambra, na Espanha (As Colunas do Templo, 327, Rio de Janeiro, 1932).
Os padres que esquecem o juramento da castidade reaparecem nos lugares do pecado como cavalo-sem-cabeça.

Cornélio Pires: “E o Cavalo-sem-Cabeça?... Esse... é bão num si falá... que Deus me perdoe... Diz-que são os padre que andaro troceno as muié dos otros” (Conversas ao Pé do Fogo, 155, 3.ª ed., São Paulo, 1927).

Duende também chamado Mula-sem-Cabeça. (Amadeu Amaral, Dialeto Caipira, III, São Paulo, 1929).
Karl von den Steinen registra o Cavalo-sem-Cabeça na mesma acepção da Mula-sem-Cabeça ou Burrinha-de-Padre: “Esses Cavalos-sem-Cabeça são mulheres que em vida tiveram relações com sacerdotes; o castigo, porém, ameaça apenas as que anteriormente já tiveram outro compromisso e que viveram com o sacerdote durante sete anos”. (Entre os Aborígenes do Brasil Central, “Crendices Populares de Cuiabá,” trans. Antologia do Folclore Brasileiro, III).
Ver Mula-Sem-Cabeça, Região Sudeste.

Kilaino

Duende dos bacaeris, caraíbas do Mato Grosso, variante do Caipora, Curupira, Saci-Pererê. Capistrano de Abre descreve o Kilaino: “entes maléficos, que moram no mato ou no morro, assumem formas diferentes, alimentam-se de ratos e passarinhos, não passam água, escondem a caça morta e as setas atiradas, as coisas que caem das mãos da gente; respondem aos gritos de uma pessoa, e gritam para transviar quem anda no mato”.

Visão

Visagem, fantasma que aparece aos garimpeiros do rio das Garças.
“Aparece à volta das casas velhas ou das taperas onde alguém, em tempos idos, deixou 
um “enterro”. Contam que na cidade bicentenária de Diamantino (Mato Grosso), certa vez, à noite, um homem viu a Visão junto à parede de taipa de uma velha casa abandonada. Fechou os olhos e seguiu naquela direção até alcançar a parede onde, com a faca marcou o ponto onde ela aparecera. No dia seguinte, no local onde reconheceu as marcas que fizera se pôs a esburacar a parede e descobriu um “gargalo” de uma garrafa cheia de ouro”.
Ver Dama de Branco.

Fontes : Dicionário do Folclore Brasileiro / Câmara Cascudo. - Rio de Janeiro: Ediouro Publicações S.A. sem data
* Novo Dicionário Básico da Língua Portuguesa / Aurélio Buarque de Holanda. - São Paulo: Editora
Nova Fronteira, 1988


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