Terra Brasileira
Brasil Folclórico
folclore
modus Transporte
artesanato culinária
literatura Contos lendas mitos
música danças religiosidade tipos ofícios contatos
Loja

Mito Nacional
O Saci-Pererê
Mitos Gerais

Mitos Regiões
Norte
-Caipora
-O Curupira
-Jurupari
-Macunaima
-A Iara
-Outros Mitos
Nordeste
Centro-oeste
Sudeste
Sul

Macunaima
Macunaima e não Macunaíma, entidade divina para os macuxis, acavais, arecunas, taulipangues, indígenas caraíbas, a oeste do “plateau” da serra Roraima e Alto Rio Branco, na Guiana Brasileira.
A tradução da Bíblia para o idioma caraíba divulgou Macunaima como sinônimo de Deus.
Makonàima Yakwarri otoupu tona poropohru; o espírito de Deus pairava sobre as águas (Gênese, 1, 2) traduzido pela “Society for Promoting Christian Knowledge”, de Londres.
Criador dos animais, vegetais e humanos, Macunaima é gêmeo de Pia, vingadores de sua mãe, morta pelos tigres, filhos de Konaboáru, a Rã da Chuva, e que mora nas Plêiades (Gilberto Antolínez, Hacia el Índio y su Mundo, 170, Caracas, 1946). 
Com o passar dos tempos e convergências de tradições orais entre as tribos, interdependência cultural decorrentes de guerras, viagens, permutas de produtos, Macunaima foi-se tornando herói, centro de um ciclo etiológico, zoológico, personagem essencial de aventuras e episódios reveladores do seu espírito inventivo, inesgotável de recursos mágicos, criando os homens de cera e depois de barro, esculpindo animais, transformando os inimigos em pedras, que ainda guardam a forma primitiva. Tornou-se um misto de astúcia, maldade instintiva e natural, de alegria zombeteira e feliz. É o herói das estórias populares contadas nos acampamentos e aldeados indígenas, fazendo rir e pensar, um pouco despido dos atributos de deus olímpico, poderoso e sisudo. 
Theodor Koch-Grunberg, 1872-1924, reuniu a melhor e maior coleção de aventuras de
Macunaima nessa fase popularesca, no Vom Roroima Zum Orinoco (Ergebnisse Einer Rise in Nordbrasilien und Venezuela in den Jahren, 1911-1913), n.º II, Berlin, 1917. Algumas dessas estórias foram traduzidas pelo Dr. Clemente Brandenburger e publicadas na Revista de Arte e Ciência, n.º 9, março de 1925, Rio de Janeiro (“Lendas Índias da Guiana Brasileira”).
Denominou um romance de Mário de Andrade de Macunaíma. O herói sem nenhum caráter. Rapsódia, São Paulo, 1928.

Fonte : Dicionário do Folclore Brasileiro - Câmara Cascudo, Rio de Janeiro: Ediouro Publicações S.A. sem data


Mitos
Deixe seu comentário: Deixe seu comentário:
Correio eletrônico Facebook
Livro de visitas Twitter