Em São Caetano de Odivelas, município de Salgado, a 93 km de Belém, acontece um tipo de Bumba-meu-boi muito diferenciado: é o Boi de Máscara, não praticado em nenhum outra região brasileira. Há notícias deste tipo de folguedo há mais de meio século e parece que seu nascimento foi espontâneo.
Traz como personagens fixos e únicos, o “Pierrôs” o Cabeções, o Caçador, o Boi e o Cachorro que ajuda a encontrar o boi. O grupo conduz bandeiras coloridas de verde, amarelo e azul.
A característica do enredo deste boi é que a cada ano ele foge para reaparecer apenas no ano seguinte, durante a próxima festa, já incorporado ao cordão.

E o Boi Tinga que, estranhamente, possui chifres de veado, só é morto no sexto ano do seu reaparecimento. Para a próxima vez, o mesmo grupo se reúne mas troca de nome.
Diferenciando-se das outras alegorias de boi, usadas por apenas um dançarino o Boi Tinga possui quatro patas, trazendo dois dançarinos debaixo da sua armação.
Por ser carnavalesco, o Boi Tinga é, basicamente uma dança de mascarados.