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Danças e Festas Folclóricas |
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Doadão
Doadão é um baile rural. Faz parte do antigo fandango. Representa uma variante do "anu", de "o chico", de o "nhô-Chico" e de a "chimarrita". É mais apreciado no Estado do Rio Grande do Sul. Também no Estado de São Paulo. Coreografia: Doadão é uma dança de salão. Os pares dançam alegres, em grande confusão. É uma dança festiva. Gato O gato é uma dança de origem indígena, mais usada no Sul do Pais. É uma história totêmica, na qual o gato representa o homem, e a perdiz - a mulher. Coreografia: o gato (homem) corteja galantemente a perdiz (mulher), insinuante, com demonstrações carinhosas, sapateando. A perdiz esquiva-se, suspeitando das intenções do conquistador. Origem: Indígena Meia-canha Meia-canha é uma dança componente do fandango, e faz parte dos bailes rurais, principalmente no Rio Grande do Norte. Indumentária: típica da região. Instrumento musical: orquestra regional. Coreografia: os figurantes ficam em roda. Ouve-se a música. Um cavalheiro avança até o meio, dançando. Então faz um sinal a uma das damas, com um lenço, como convite a dançarem. A dama dirige-se ao seu encontro. A roda desloca-se para um lado, enquanto o casal para o outro. O cavalheiro executa passos e requebros, depois faz um sinal para que a orquestra silencie. Diante de sua dama, recita uma quadra galante e poética. Esta responde com outra, correspondendo ou rechaçando a intenção dos versos recebidos. A música recomeça e o par dança alguns passos. Então a dama acompanha o cavalheiro ao seu lugar, ficando sozinha, e convida outro cavalheiro, repetindo-se a dança. Puxirum Quem
deseja preparar uma roça, ou derrubar uma mata no interior do País,
segue as tradições indígenas em sua vida social: convida os amigos e
vizinhos para o auxiliarem, e estes acorrem de bom grado ao local,
dando uma demonstração de solidariedade humana. Esse acontecimento tem
o nome de puxirum. Indumentária: Típica da região. Coreografia: A coreografia do puxirum é simples e destituída de qualquer complicação. É dançado ao pôr do sol. Reúnem-se todos num caramanchão, onde se servem comidas e bebidas. Dançam sapateando durante todo o baile. Origem: Indígena Quero-mana
Na região do Rio Grande do Sul e do Paraná, o quero-mana incorpora geralmente o fandango. Quero-mana é sinônimo de desafio. É dançado coletivamente por homens e mulheres. Indumentária: típica da região. Intrumento musical: viola Coreografia: As damas tomam suas posições. Os cavalheiros colocam-se em coluna e vão marchando até cerrar um círculo em volta do salão. As damas, dentro do circulo, colocam-se de forma a ficar sempre uma dama entre dois cavalheiros. Cada cavalheiro fita uma dama; bate os pés, enquanto a dama dá passos de valsa em torno do seu par. Quando o homem pára de bater com os pés, bate palmas seguindo o compasso da música. A um sinal do violeiro param. Então, o violeiro canta, e os cavalheiros pegam com a mão direita a mão direita das respectivas damas e com a esquerda a da dama que estiver na sua frente. Depois das mulheres trocarem de parceiros, soltam as mãos. O final da dança não é repentino, como acontece em outros fandangos; as batidas vão continuando, com repetições, e a cadência aumenta cada vez mais até terminar. Tatu O Tatu é um fandango cantado, de origem gaúcha. Conta a história de um tatu tímido e desdentado perseguido pelos cães, na revolução dos Farrapos, levando ofícios para o general David Canabarro. Assim o tatu aparece como figura principal na narrativa, a exemplo do jaboti que aparece sempre como herói na roda dos bichos. É o herói grotesco, incorpora-se ao patrimônio folclórico, nesta encantadora narrativa popular, decantada por vários autores. É mais dançada no Rio Grande do Sul. Indumentária: típica gaúcha Coreografia: o tatu é de coreografia singela. É dançado por homens e mulheres, aos pares. É uma dança sapateada. Os homens dançam com as esporas que servem para marcar o ritmo e o compasso, como instrumento complementar. As mulheres dançam ligeira e agilmente, em harmonia, com os passos elegantes e imponentes dos cavalheiros. |
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