Um dia, a mãe
da
formiga-mandioca disse à filha:
- Vá até o
mato, corte um feixe de lenha, encha este pote de água e traga para
casa. Hoje estou muito ocupada e doente, não posso fazer isso.
A filha excusou-se:
- Ah, mamãe! Eu
também não posso, pois tenho de cortar folhas a noite inteirinha!
Deixe estar, minha filha... Nossa Senhora há de permitir que de hoje em
diante você há de cortar folhas dia e noite, sem descanso...
Nisso, ia passando por ali a cigarra e a mãe da formiga-mandioca lhe
fez o mesmo pedido. A cigarra respondeu:
- Ah, dona
formiga, eu não posso. Hoje vou cantar a noite inteirinha!
Então, a formiga lhe rogou a
praga:
- Há de
permitir Nossa Senhora que você viva sempre a cantar, até rebentar
pelas costas!
Foi quando passou a abelha e a velha
formiga-mandioca lhe pediu a mesma coisa.
A abelha, prontamente, foi ao mato,
cortou o feixe de lenha e o trouxe para a formiga; encheu o pote de
água, ajudou-a a fazer o fogo, varrer e arrumar a casa.
Depois, quando já ia embora, a mãe-formiga disse,
agradecida:
- Há de
permitir Nossa Senhora que o mel que você fabrica seja sempre doce e
abençoado, e sirva de remédio para curar doentes pobres.
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