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Era
uma vez uma pequena e meiga menina,
da qual todo mundo passava a gostar assim que a conhecia. Mas ninguém
a amava tanto quanto sua vovozinha, que não sabia mais o que
fazer para agradá-la. Certa vez deu a ela um chapeuzinho de
veludo vermelho, que lhe ficou tão bem que a menina não
queria usar outra coisa, ficando conhecida então como
Chapeuzinho Vermelho. Um dia sua mãe lhe disse: - É só virar o
trinco, disse a vovó. Estou muito fraca e não posso levantar.O lobo
girou o trinco e a porta se
abriu. Sem dizer uma só palavra, dirigiu-se até a cama
da vovozinha e, de uma só vez, a engoliu. Então vestiu
as roupas dela, colocou a sua touca, deitou-se na cama e puxou o
mosquiteiro.Enquanto isso, Chapeuzinho Vermelho
continuava a colher flores e só tornou a pensar na vovó
quando já não podia mais carregar tudo o que havia
apanhado. Retomou, então, o caminho da casa da vovó.
Admirou-se ao ver a porta aberta e, quando entrou, teve uma sensação
tão estranha que pensou: “Meu Deus, como estou assustada
hoje, e eu que sempre gosto de visitar a vovó!”. Erguendo a
voz disse:
- Bom dia! mas não obteve resposta. Foi até a cama, abriu o mosquiteiro e lá estava a vovozinha, com a touca encobrindo todo o seu rosto e com aparência muito estranha. - Vovozinha, por que essas orelhas tão grandes? - Para que possa ouvi-la melhor! - Vovozinha, por que esses olhos tão grandes? - Para que eu possa vê-la melhor! - Vovozinha, por que essas mãos tão grandes? - Para que eu possa agarrá-la melhor! - Mas, vovozinha, por que essa boca tão grande? - Para que eu possa devorá-la melhor! Mal tinha pronunciado essas palavras, o lobo pulou da cama e engoliu a pobre menina. Depois de ter satisfeito sua gula, o lobo deitou-se novamente na cama, adormeceu e começou a roncar. Um caçador que passava por ali pensou: “Como essa velhinha ronca! É melhor eu ir ver se ela não está precisando de alguma coisa.” Entrou, então, na casa e, ao se aproximar da cama viu que o lobo estava dormindo nela. - Finalmente nos encontramos, seu monstro, disse o caçador. Há quanto tempo eu esperava por isso. Ele já estava preparando a espingarda quando se lembrou de que o lobo poderia ter devorado a vovó e talvez ela ainda pudesse ser salva. Por isso ele não atirou, mas pegou uma tesoura para abrir a barriga do lobo adormecido. Mal fizera um pequeno corte, viu aparecer Chapeuzinho Vermelho que, pulando para fora, exclamou: - Ah, como eu estava assustada, era tão escuro na barriga do lobo! Em seguida também a vovó saiu da barriga do lobo, ainda com vida, mas mal podendo respirar. Chapeuzinho Vermelho foi buscar algumas pedras, com as quais encheram a barriga do lobo e, quando este acordou e tentou fugir, as pedras, que eram muito pesadas, o derrubaram e o lobo caiu morto no chão. Os três, então, se sentiram muito aliviados e felizes. O caçador tirou a pele do lobo e foi embora. A vovozinha comeu o bolo e bebeu o vinho que Chapeuzinho Vermelho tinha trazido e logo sentiu suas forças voltarem. Chapeuzinho Vermelho, por sua vez, pensou: “Nunca mais sairei da estrada e penetrarei na floresta, quando isto for proibido por minha mãe.” |
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