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A Morte: Um Fato

De todos os fatos da vida, a morte é o mais certo. Apesar disso, a perda de uma pessoa querida sempre nos surpreende como uma catástrofe injusta e irremediável.
Morte

Cada sociedade possui padrões de comportamento bem definidos para os momentos de luto, geralmente associados a crenças mágicas ou religiosas sobre a morte.
Os cristãos encontram consolo na certeza de que a alma dos mortos continua a existir, unindo-se para sempre a Deus. A prece dos vivos beneficia a alma que partiu e a ajuda ascender ao céu. Antes do enterro, reza-se uma missa de réquiem, para que o defunto encontre paz e repouso eterno.
Talvez os costumes dos judeus ortodoxos por ocasião da morte sejam mais severos do que os de qualquer outra religião. Durante a shiva, que é observada por sete dias, cobrem-se todos os espelhos da casa do morto, para que a alma de seus parentes não se reflita nos espelhos e seus pensamentos possam voltar-se para dentro. Exige-se dos homens que cubram a cabeça, e as mulheres usam chinelas de pano. Durante a cerimônia fúnebre, rasgam-se as vestes dos parentes mais próximos do morto. A família do defunto senta-se em bancos baixos, de madeira, e os amigos em cadeiras mais altas.

A fé religiosa e, principalmente, a crença na possibilidade de uma outra vida depois da morte podem condicionar, até certo ponto, a reação da pessoa enlutada. Provavelmente, a idéia de que a separação do ente querido é apenas temporária, e de que existe sempre a possibilidade de tornar a encontrá-lo um dia, serve de consolo para o crente. È de se esperar que, para ele, o luto seja mais suportável do que para quem acredita que a perda e a separação são definitivas.

No mundo moderno, entretanto, a idéia de uma vida depois da morte nem sempre é aceita com grande convicção. A dúvida talvez seja o ponto em que todos estão de acordo. Quando nem a religião nem a filosofia oferecem consolo, a solidariedade dos amigos e da família, a simpatia da sociedade são o único alívio para a dor e para o pesar.

É época do luto, dos cantos fúnebres e das orações. É tempo de solidariedade e, sobretudo, da fé na outra vida, que a muitos consola.

O Luto

Quando morre alguém na família, todos colocam luto. Se é o pai ou a mãe, até crianças de braço são trajados de preto. Mesmo quando morrem crianças, os pais usam luto. È portanto muito comum tal uso. Tingem todas as peças de roupa – as de cima e as de baixo. É impressionante o número de pessoas de luto; pessoas de idade, mulheres e crianças. Guardam luto de parentes e até de compadre.

De pai e mãe – luto fechado durante um ano, aliás, não há luto aliviado. O luto é camisa e calças pretas. As mulheres de vestido todo preto.
Luto por parte de filho, sendo casado ou maior, guardam por seis meses.
De filhos antes dessa idade, apenas três. De tio, avós, três meses. De irmão, seis meses. De compadre que se quer bem, três meses.

Ultimamente há outro uso de luto, homens só trazem um fumo na lapela, braço e chapéu. Em casa, as mulheres andam com outro vestido, só põem o luto para sair.
Nossa lavadeira está de luto de seu irmão de 18 anos que morreu afogado no rio, informou que todas as peças de roupa são tingidas no dia imediato após o enterro.

Na cidade, uso de luto é raro de se ver. Alguns usam uma tarja preta no bolso da camisa ou paletó.

Fontes : Os homens choram seus mortos in Livro da Vida, Vol 2 - São Paulo: Abril S.A. Cultural e Industrial, 1974.
Escorço do folclore de uma comunidade  – Alceu Maynard Araújo in Revista do Arquivo Municipal CLXVI – Departamento de Cultura da Prefeitura do município de São Paulo, 1962
Gif animado da Animationfactory


A Morte

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