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A fé religiosa e, principalmente, a crença na possibilidade de uma outra vida depois da morte podem condicionar, até certo ponto, a reação da pessoa enlutada. Provavelmente, a idéia de que a separação do ente querido é apenas temporária, e de que existe sempre a possibilidade de tornar a encontrá-lo um dia, serve de consolo para o crente. È de se esperar que, para ele, o luto seja mais suportável do que para quem acredita que a perda e a separação são definitivas. No mundo moderno, entretanto, a idéia de uma vida depois da morte nem sempre é aceita com grande convicção. A dúvida talvez seja o ponto em que todos estão de acordo. Quando nem a religião nem a filosofia oferecem consolo, a solidariedade dos amigos e da família, a simpatia da sociedade são o único alívio para a dor e para o pesar. É época do luto, dos cantos fúnebres e das orações. É tempo de solidariedade e, sobretudo, da fé na outra vida, que a muitos consola. O Luto Quando morre alguém na família, todos colocam luto. Se é o pai ou a mãe, até crianças de braço são trajados de preto. Mesmo quando morrem crianças, os pais usam luto. È portanto muito comum tal uso. Tingem todas as peças de roupa – as de cima e as de baixo. É impressionante o número de pessoas de luto; pessoas de idade, mulheres e crianças. Guardam luto de parentes e até de compadre. De
pai e mãe – luto fechado durante um ano, aliás, não
há luto aliviado. O luto é camisa e calças pretas.
As mulheres de vestido todo preto.
Ultimamente
há outro uso de luto, homens só trazem um fumo na lapela,
braço e chapéu. Em casa, as mulheres andam com outro vestido,
só põem o luto para sair.
Nossa lavadeira está de luto de seu irmão de 18 anos que morreu afogado no rio, informou que todas as peças de roupa são tingidas no dia imediato após o enterro. Na cidade, uso de luto é raro de se ver. Alguns usam uma tarja preta no bolso da camisa ou paletó. |
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