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O Jovem
A Jovem Na crise dos anos de maturação, na puberdade, a personalidade do indivíduo começa a tornar-se visível. Esse “despertar” da personalidade prossegue durante a adolescência, e constitui o eixo em torno do qual tudo gira. Por fim, se isso não acontece, o indivíduo permanece dependente de seu ambiente, ou teimosamente mantém uma atitude adolescente de rebeldia com relação a tudo que enxerga como autoridade.

As perguntas cruciais são, portanto: Quem sou eu? O que eu quero? De que sou capaz?

As tarefas do indivíduo neste estágio de sua vida incluem, portanto, “a unificação da sexualidade sensual (biológica) com o erotismo psicológico”.

O Jovem

Tornamo-nos conscientes da primeira durante a puberdade, enquanto que o segundo precisa despertar na adolescência para que, na próxima fase, possamos começar a vivenciar o desabrochar inicial do amor pela personalidade de outro ser humano. Através do erotismo nós vemos a realidade de outro modo, e é somente agora que a escolha pessoal de um caminho através da vida se torna possível. O conceito de erotismo usado aqui é o mesmo que na Idade Média era chamado de amor galante ou romântico.

Aqueles que estão na última fase da adolescência e os jovens adultos em seus vinte anos são geralmente considerados como mais conscientes das coisas; as idéias que presumem um casal feliz estar em seus vinte anos, com crianças pequenas engatinhando a seus pés, são imagens do passado. Em seu lugar temos relacionamentos livres e os casais morando juntos, geralmente ainda sem pensamento algum em ter filhos.

Buscar e encontrar um companheiro, encontrar e mobiliar um lugar para morar e as fases iniciais de uma carreira são claras manifestações externas de uma estrutura mental interior. Dois indivíduos devem, agora, construir seu próprio estilo de vida: como nos relacionarmos um com o outro, como comemos, como damos formas às nossas noites?

A casa mobiliada e decorada expressará algo pessoal ou será uma espécie de exposição de móveis ou um depósito para qualquer coisa que aconteça de entrar na casa? Tudo isto se aplica não apenas a todas as coisas que cercam uma vida a dois, mas também ao casamento em si. O novo estilo de vida é a criação de uma peça cultural, o estabelecimento de um meio ambiente, porque será o próprio meio ambiente que irá moldar a nova geração.

A escolha da carreira demanda considerável autoconhecimento e conhecimento do mundo, porque a realidade das profissões e dos negócios se tornou obscura para os leigos, enquanto que muitas oportunidades de treinamento não são suficientemente divulgadas. O resultado é que esta escolha vital é feita, durante a adolescência, mais ou menos ao acaso. O fato de tantos estudantes fracassarem nos exames, abandonarem seus estudos ou mudarem de cursos antes de concluí-los ilustra os perigos de um sistema que requer os alunos determinando os caminhos de sua futura educação e carreira profissional em um momento entre as idades de quinze e dezoito anos.
Todas as escolhas são “provisoriamente absolutas”.
Todo ser humano tem o direito a uma educação geral até o seu décimo oitavo ano. Esta educação não precisa cobrir o mesmo terreno para todos, nem mesmo para pessoas da mesma “corrente”, mas que deveria ser flexível para poder satisfazer às necessidades e acomodar as capacidades de cada indivíduo.

O jovem adulto precisa testar sua habilidade sob muitas e diversas circunstâncias, a fim de poder descobrir-se. Nos velhos tempos esta era a fase do aprendiz, quando alguém se movimentava de mestre para mestre, cada vez aprendendo algo novo em circunstâncias diferentes. A vida profissional moderna oferece poucas oportunidades para isto, a menos que, contrariamente a tendência geral, a própria pessoa tome a iniciativa.

As leis que governam o desenvolvimento humano jazem numa profundidade maior do que qualquer fenômeno ou moda, e muitas liberdades modernas nada mais são que reemergências de uma liberdade que existiu séculos atrás. E essa liberdade cobria o desenvolvimento do corpo, do espírito e da alma – a despeito da última moda de apenas deixar o primeiro dos três atingir a vanguarda.



Fontes : Fases da Vida : crises e desenvolvimento da individualidade / Bernard Lievegoed ; tardução de Jayme Kahan. - São Paulo: Editora Antroposófica, 1984.
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