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Outros Jogos e Brinquedos
Brinquedos do Folclore Brasileiro


Brincar de Boneca

Boneca: figura de louça, papelão, plástico, borracha, etc., representando a pessoa humana, e que serve de brinquedo para as crianças.

Geralmente as meninas brincam de boneca. Mas muitos meninos também. Toda a criança tem interesse em brincar de casinha, e as bonecas ajudam a imitar o ambiente doméstico.
Atualmente os meninos brincam com bonecos industrializados imitando os hérois de filmes de ficção.

Cara ou Coroa

É muito utilizado como método de escolha, para saber começar um determinado jogo. Por exemplo: o vencedor poderá escolher os companheiros de uma partida de futebol, qual lado do campo jogará a primeira parte, etc.

É um jogo muito antigo e o mais simples que existe. Muito antes da nossa era, fez passar o tempo, nas praças públicas, da Grécia até o Norte da Europa.

Brincar de boneca

Os Gregos serviam-se de uma concha branca de um lado, negra do outro. Os Romanos utilizaram, como nós ainda fazemos, uma moeda. Algumas delas tinham no anverso um navio e no reverso a cabeça de Janus, e chamaram caput aut navis a este jogo que, na Gália, tomou o nome de cabeça ou nau, tradução literal das palavras latinas.
Mas o Império Romano ruiu: a cruz do cristianismo substituiu a cabeça de Janus, o navio foi designado pelo nome antigo de cara (de onde deriva a palavra piloto), e o jogo chamou-se cruz ou cunhos. É, pelo menos, esta a origem que alguns autores atribuem a este nome.
Depois a cruz foi substituída por um rosto... e eis o nome de cara ou coroa que substituiu apesar do desaparecimento do navio (e por vezes mesmo o rosto) nas nossas moedas republicanas.
Na Itália, jogava-se a flor ou santo; na Espanha, o jogo chamava-se Castela ou Leão, com o nome das duas províncias. Quanto aos ingleses, substituíram por heads and tails (cabeças e caudas) o nome de cross and pile (cruz e pilha) que ao princípio nos tiraram.

O andamento do jogo

Um dos jogadores lança ao ar uma moeda ao mesmo tempo em que a faz girar. O companheiro pronuncia quer a palavra “cara”, quer a palavra “coroa”, enquanto a moeda está ainda no ar. O lançador aposta pela opção inversa.
Quando a moeda cair verifica-se qual a face ficou para cima, aí se tem o vencedor.
Uma partida pode jogar-se em dez vezes, por exemplo, como em alguns jogos de dados.

Capuco

Brinquedo infantil. Duelo em que o sabugo de milho funciona como sabre, batendo um no outro até partir-se em pedaços.
Com o nome de capuco só conheço em Sergipe.
“Capuco é a espiga de milho depois de tirados os caroços. Os meninos iam buscá-lo nos quintais, no monturo, no chiqueiro, arrancando-o dos dentes e da lama dos porcos.
A briga de capucos era como jogar pião, empinar papagaio, botar sal e pimenta em cima de sapo, dos maiores divertimentos da criançada. Toda uma cerimônia rodeia o encontro de dois jogadores de capucos; medem-se o tamanho e grossura; discutem-se as condições do encontro, quantas vezes um capuco deve bater no outro, se até quebrar-se ou se até um certo número de pancadas.
O exame da peça é minucioso, pois a fraude abunda. Raro o capuco que não tenha espetado no miolo um fio de ferro, um arame fino. Tudo é examinado rigorosamente.
As cabeças se inclinam sobre essas armas de batalha, essas espadas de gramínea que vão cruzar; conflitos, dedos machucados; sangue aparecia, mães corriam alarmadas, grossos cocorotes, puxavantes de orelhas:
Menino, eu já disse que não quero ver você de capuco na mão!
Todo menino de Itaporanga tinha o índex escalavrado pelo jogo do capuco. Capuco famanão era o que contava numerosas vitórias e desafiava qualquer campeão.”
(Gilberto Amado, História da Minha Infância, 88, editora José Olympio, Rio de Janeiro. 1954).

Cuiba

Jogo infantil dos negros em que entram duas pessoas, cada uma com o seu sabugo de milho seguro pela metade. Cada um tem a sua vez de bater com toda a força na que o outro segura. O que primeiro quebra o sabugo do contrário é que ganha, Etim-sumba (Cannecatim).

Dante de Laytano, Os Africanismos do Dialeto Gaúcho, Porto Alegre, 1936.
Carrinhos de Rolimã

Os carrinhos de rolimã surgiram por acaso e por criatividade pura dos meninos.
Uma prancha e rodas de rolamentos com bolinhas de aço é tudo.

Os carrinhos de rolimã começaram como divertimento, e hoje é um esporte com muitos afeiçoados. Quem criou e administra a prova é o Centro Acadêmico da Faculdade de Engenharia da USP. A prova de carrinhos de rolimã tem 700 m e não há limite de idade.
Nesta prova da USP há um regulamento: os carrinhos não podem exceder os 1.500 mm de comprimento por 1.000 mm de largura e o peso deve ser inferior a 35 kg. Os rolamentos devem ter diâmetro de 150 mm.
Para correr em carrinhos de rolimã, os participantes têm de usar capacetes, luvas e sapatos.
O Torneio Grand Prix Poli/SKF em 1995 já estava em sua 21ª disputa.
Carrinho de rolimã

Curre-Curre

Jogo infantil com castanhas de caju. Um jogador guarda na mão uma quantidade de castanhas, ignorada pelos companheiros. E pergunta:

- Curre-curre?
Respondem:
- Eu cerco!
- Por quanto?
Dizem um número qualquer. Coincidindo com a quantidade de castanhas da mão do primeiro jogador, este perde. Em caso contrário, ganhará.
Agreste e litoral sul do Rio Grande do Norte. Informação de Hélio Galvão.

Boca de Forno

Escolher o “Sô Mestre”, que será o comandante do jogo. Ele diz e recebe a resposta do grupo:
- Boca de forno?
- Forno!
- Tudo que o Sô Mestre mandar?
- Faremos todos!
- E quem não fizer?
- Ganha bolo!

Em seguida diz: “Sô Rei mandou dizer para... (dá uma ordem), menos eu que sou gavião de penacho.”
A ordem geralmente deve ser para que busquem algum objeto. Só o primeiro a cumprir ordem fica livre, enquanto os demais ganham bolos.
Os bolos são: frio - brando, quente – forte, morno – mais ou menos; bolo de passarinho – beliscando; de sal – só fingindo; de gato – arranhando; de pai – bem forte; de mãe – bem fraco.
Quem decide sobre que bolo cada um levará é o ganhador, que será o “Sô Mestre” na vez seguinte.

O Livro dos jogos e das brincadeiras: para todas as idades / Heliana Brandão, Maria das Graças V. G. Froeseler. - Belo Horizonte: Editora Leitura, 1997.

Existem outras variações. Da comunidade de Piaçabuçu (~1950) é o seguinte:

“A” seria o equivalente de “Sô Mestre” e “B” = todos.

A : Boca de Forno
B : Forno.
A : Cara xis
B : Xis.
A : Fizeste tudo o que eu fiz?
B : Fiz.
A : Remando, remando vá onde está fulano e puxe o casaco, puxe a orelha, etc...

Todos saem correndo.


Escorço do folclore de uma comunidade
  – Alceu Maynard Araújo in Revista do Arquivo Municipal CLXVI – Departamento de Cultura da Prefeitura do município de São Paulo, 1962

Fontes : Dicionário do Folclore Brasileiro / Câmara Cascudo. - Rio de Janeiro: Ediouro Publicações S.A. sem data

Todos os Esportes do Mundo / Orlando Duarte. - 1ª ed. - São Paulo: Makron Books, 1996.
Recreação para todos (Manual Teórico-Prático) / Mauro Soares Teixeira, Jarbas Sales de Figueiredo. – São Paulo: Editora Obelisco Ltda, 1970


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