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Jogos Infantis: Pelada / Futebol
Brinquedos do Folclore Brasileiro
Jogar bola (uma pelada) no campinho, em terrenos baldios, na rua, na praia, onde houvesse um espaço suficiente, faz parte da memória da infância de todos os brasileiros.

O futebol foi trazido para o Brasil por Charles Miller, um brasileiro de origem inglesa que aos dez anos foi enviado a Londres para estudar.
Quando regressou a São Paulo, em 1894, Miller trouxe em sua bagagem não só duas bolas. Trouxe também calções, chuteiras, camisas, bomba para encher a bola e a agulha.

E iniciou um persistente trabalho de divulgação do novo esporte, principalmente junto aos sócios dos clubes ingleses que praticavam exclusivamente o criket.
Coube ao São Paulo Athletic Club criar a primeira equipe de futebol do País, formada por altos funcionários ingleses da Companhia de Gás, do Banco de Londres e da São Paulo Railway.

Jogo de bola no campinho
Crianças jogando futebol. Ao fundo, a Cruz da Primeira Missa no Brasil.
Santa Cruz de Cabrália - BA. Foto de Araquém Alcântara.

Jogador

Um time inteiramente brasileiro nasceu, pouco depois, no Mackenzie College (fundado por bresbiterianos estadunidenses), também em São Paulo, onde estudavam os filhos dos grandes fazendeiros e dos industriais da capital. Era chic jogar futebol e as tribunas dos estádios recebiam um elegante público feminino. Mas ele estava vedado aos negros e aos brancos dos subúrbios, cujos filhos iam ao centro da cidade espiar as partidas por cima dos muros.
O futebol, no entanto, popularizou-se e “era óbvio que assim viesse a acontecer. Impedido, por falta de recursos, de comprar brinquedos (...), o menino pobre tinha de valer-se de sua própria inventiva. A descoberta não foi difícil. Um terreno vago, dois pedaços de madeira, uma bola e longa horas de liberdade compunham a receita que ia preparando os futuros campeões”, registra Milton Pedrosa em seu livro Gol de Letra.
Já na primeira década do século XX, alguns clubes concluíram que era inviável manter a rigidez de princípios contrários à participação de jogadores de subúrbios nos grandes clubes. Coube ao Clube Sírio (SP) ter em sua equipe o primeiro negro, Petronilho de Carvalho. Mas também o Bangu do Rio foi importante na “democratização” do futebol. Fundado em 1904, por funcionários ingleses da Fábrica de Tecidos Bangu, o time não conseguiu reunir onze estrangeiros. A solução foi recorrer a outros funcionários, brasileiros, que passaram a gozar de regalias e até de promoções mais rápidas. Mas o expediente de atrair os craques de subúrbio com ofertas de prêmios por vitórias revelariam um falso amadorismo que inevitavelmente desembocaria no profissionalismo.
Bangu 1911
Bangu, Rio de Janeiro, 1911 
Não demorou para que quase todos os clubes contassem com operários, negros e brancos suburbanos, medindo-se com os moços finos das camadas superiores, quase todos estudantes de Medicina e Direito. Isso causou indignação em alguns setores tradicionais. No Rio, surge a Associação Municipal dos Esportes Atléticos (AMEA), sob o comando de Arnaldo Guinle, e em São Paulo a Liga Amadora Futebilística (LAF), inspirada em Antônio Prado. Capitalistas contrários à proletarização do futebol, Guinle e Prado pretendiam anular o poder das antigas associações favoráveis ao profissionalismo e à popularização do futebol. No entanto, a AMEA e a LAF foram derrotadas. O futebol havia mesmo escapado ao controle da “gente de bem” e ganhava força com isso. O Fluminense, no Rio, o São Paulo e o Palestra Itália, em São Paulo, rigorosos defensores do amadorismo elitista, acabaram submetendo-se ao profissionalismo, mas por muito tempo não aceitaram negros.
(Racismo não era uma característica clubística, apenas. Para o Sul-Americano de 1921, na Argentina, o próprio presidente Epitácio Pessoa (1919-1922) recomendou à CBD que não incluísse negros na delegação.)
Em São Paulo, o Paulistano, fiel à sua estirpe nobre, retirou-se totalmente do futebol.

Mas, em todo o País, cresciam as equipes populares, surgidas nos bairros operários ou fundados por trabalhadores, como o Vasco, no Rio, o Corinthians, em São Paulo, o Internacional, no Rio Grande do Sul (fundado por imigrantes de tendência anarquista, daí o nome e a cor vermelha), o Atlético, em Minas. Mesmo assim, em 1916, quando o futebol já era o “esporte das multidões”, a Seleção Nacional não pôde embarcar em um navio do Loyd Brasileiro para ir disputar o Pan-Americano na Argentina. O navio era “exclusivo” do conselheiro Rui Barbosa, que ia a uma Conferência em Buenos Aires, “Não posso viajar com um time de futebol”, explicou ele. A delegação teve que cumprir quatro mil quilômetros de trem.

O preconceito pouco influiu. Das vilas, dos morros e das fábricas continuaram a surgir grandes ídolos, como Feitiço, Fausto, Friedenreich, Valdemar de Brito, Domingos da Guia, Heleno de Freitas, Leônidas da Silva. E mais tarde a Seleção entrava em campo com Pelé em 1958, com Garrincha, com Nilton Santos em 1962 e com Gérson em 1970.

Bem, o resto é história atual do futebol brasileiro com novos ídolos e grandes conquistas que, em sítios específicos, se encontram informações mais detalhadas.


O jogo de bola já era conhecido de nossos indígenas. Um jogo às cabeçadas usando uma bola de borracha. Esse jogo brincavam-no os índios com uma bola provavelmente revestida de caucho, que aos primeiros europeus pareceu de um pau muito leve; rebatiam-na com as costas, às vezes deitando-se de borco para fazê-lo. Jogo evidentemente do mesmo estilo do matanaaríti, que o insigne Cândido Rondon achou entre os pareci; sendo que neste a bola - informa Roquete Pinto em Rondônia - é feita da borracha da mangabeira; e a maneira de jogar, às cabeçadas.

O futebol brasileiro também chegou até aos indígenas:
tribos do Parque Xingu
Tribo do Parque Xingu
Futebol feminino dos Panará
Time feminino dos Panará: Foto: Kuka - Instituto Socioambiental
Crianças indígenas
Crianças indígenas
Fontes : No País do Futebol / Isney Savoy e Júlio Cezar Garcia em Retrato do Brasil. - São Paulo: Editora Três/Política Editora, sem/data.
Todos os Esportes do Mundo / Orlando Duarte. - 1ª ed. - São Paulo: Makron Books, 1996.
Casa Grande e Senzala / Gilberto Freyre. - São Paulo: Circulo do Livro S.A.
Foto de Araquém Alcântara publicada em Brasil cores e sentimentos. - São Paulo: Escrituras Editora, 2001.
Foto de Kuka publicada na Agenda 2002 Olhares das Crianças Panará - Instituto Socioambiental.
Gif animado da Animation Factory


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