Terra Brasileira
Brasil Folclórico
folclore
modus Transporte
artesanato culinária
literatura Contos lendas mitos
música danças religiosidade tipos ofícios contatos
Loja

Volta para
Modus

Jogos
Infantis
 
Os Jogos
no
Brasil

Jogos
Influência
Indígena
Jogos
Influência
Portuguesa
Jogos
Influência
Africana
Jogos Infantis
Jogos Infantis
Jogos Infantis
Jogos Infantis
Jogos Infantis
Jogos Infantis
Jogos Infantis
Jogos Infantis
Jogos Infantis
Jogos Infantis
Jogos Infantis
Jogos Infantis
Jogos Infantis
Jogos Infantis



Jogos Infantis: A Peteca
Brinquedos do Folclore Brasileiro
Em relação à peteca, alguns especialistas apontam a origem estritamente brasileira, proveniente de tribos tupis do Brasil e que se expandem em regiões densamente populadas pelos indígenas, como Minas Gerais. Considerada a partir de 1985 como esporte oficial, genuinamente brasileiro, a peteca, antes confeccionada em palha de milho, com enchimento de areia ou serragem, e com penas de galinha, hoje aparece padronizada com rodelas de borracha sobrepostas e quatro penas brancas de peru.

Peteca
Crianças jogando peteca

Peteca
Crianças indígenas jogando peteca

A enciclopédia Mirador Internacional (1976, p. 1344) afirma ser a peteca uma espécie de bola achatada de couro ou palha, em que se enfiam penas, cuja origem é indígena (em tupi, “bater” é “peteca”, em guarani, é “petez”).
Brinquedo de inverno no Brasil, seu uso coincide com a colheita de milho e com as festas de Santo Antônio, São João e São Pedro.
Depoimentos de Manoel Tubino reafirmam essa origem, chamando a atenção para sua disseminação em Minas Gerais, a partir de 1931, em reduto antigamente habitado por indígenas (Folha de S. Paulo, 2-6-87).
Entretanto, Grunfeld (1979, p. 254), na obra Jeux du Monde, refere-se à peteca como um jogo que se lança de um para o outro com uma bola munida de penachos ou plumas, que se pratica na China, Japão, Coréia, há mais de 2000 anos.

Peteca
Peteca
Profissional
Afirma que antigamente se usava tal jogo para treinamento militar. Pensava-se que tal tipo de jogo melhorava as habilidades físicas do soldado. Na Coréia, os mercadores ambulantes jogavam as petecas uns para os outros pra se aquecerem do frio.

Uma versão menos prática do jogo é aquela em que se utilizam palhetas de madeiras, as raquetes. Em certos desenhos da Grécia clássica, encontra-se um jogo similar ao da raquete ou peteca. Em alguns países, é um jogo tradicional para meninas; no Japão ele faz parte das celebrações do ano novo, e na Inglaterra, sob a Dinastia dos Tudor, servia para pedir graças. Sempre jogando, elas cantavam refrões como:

Peteca, peteca, digam-me a verdade
Quantos anos eu vou viver?
Um, dois, três (id, ibid).
Peteca
Peteca
brinquedo

O Jogo da Peteca

De origem indígena, este jogo teve sua prática regulamentada, por muitos anos, nos Clubes América e Regatas São Cristóvão do Rio de Janeiro.
Conta-se que, em 1928, nas Olimpíadas de Antuérpia, os brasileiros exibiram esse jogo, desconhecido dos europeus, causando-lhes tão boa impressão que foi solicitada, ao médico esportivo Dr. José Maria de Melo Castelo Branco, sua regulamentação.
Enviada posteriormente, tornou-se, o jogo, mais difundido na Finlândia do que no Brasil, conforme declaração de atletas, em recente visita ao país.
É comum, em clubes esportivos e nas praias, indivíduos se reunirem em círculo, tendo ao centro um elemento que recebe e distribui a peteca aos demais. O do centro é substituído pelo que deixa a peteca cair. O objetivo é mantê-la em trajetórias aéreas, impulsionada pela palma das mãos.
São realizadas, também, competições rudimentares, em grupos de 2 a 3 elementos, em cada campo, separados por um cordel esticado, contando ponto quanto a peteca não é rebatida e vai ao chão.

Competição Regulamentada

Campo: O campo é representado por dois retângulos de 10 m de largura, por 20 m de fundo e separados por uma zona neutra, medindo 3 m. Duas redes, de 1 m de altura e 10,5 m de comprimento, limitam esta zona. Um poste de 5 m de altura será colocado em um dos lados da zona neutra, com uma verga, destinada a assinalar a altura dos 5 m.
A deficiência de material ou de espaço permite-nos adotar a quadra de voleibol: uma rede ou um cordel deve ser estendido entre os postes, a 1 m de altura; a 1,5 m da rede ou cordel, de cada lado, demarcam-se linhas que constituirão a zona neutra.

Peteca: A peteca deve ser de pelica ou de couro maciço, cheia de crina animal ou de serragem, medindo o seu corpo 8 cm de diâmetro, tendo o peso variável de 75 a 85 gramas. Para moças e crianças, pode ser usada a peteca de 65 gramas. Atualmente, há petecas de fácil confecção, como as de disco de borracha, as quais também poderão ser usadas.

Equipes: Os jogos oficiais são efetuados com equipes constituídas por 5 elementos, que serão assim distribuídos: dois atacantes, na frente; dois defensores atrás e um sacador, no centro; ou ainda, dois na frente, dois no centro e um atrás.
Executado o saque, os jogadores colocam-se em posição que a tática melhor recomendar.

Juizes: Nas competições oficiais, haverá um árbitro, um apontador, um fiscal e dois juizes de linha.

Partidas: Sorteado o campo ou o saque, o vencedor escolhe um ou outro, iniciando-se o jogo pelo jogador central, que dará o saque. Este deve ser dado de baixo para cima, de modo que a peteca passe sobre a rede, no mínimo a uma altura correspondente ao ombro dos jogadores adversários. No momento do saque, os atacantes adversários não devem se colocar aquém da linha média do seu campo; a peteca deve, no saque, ultrapassar essa linha média, no mínimo à altura dos ombros dos jogadores adversários, e cair dentro do campo, quando será o lance considerado válido. Quando cair fora das linhas que limitam o campo ou passar a uma altura  abaixo da linha dos ombros dos jogadores, o saque não será válido. Três saques maus correspondem à perda de um ponto, pela equipe sacadora. Com exceção do saque, os demais lances poderão ser executados à vontade, uma vez que o arremêsso não seja de cima para baixo.
Conta-se um ponto e perde o saque toda vez que um grupo não rebater a peteca, deixando-a tocar o solo dentro de seu campo, ou então, quando um dos jogadores cometer uma das seguintes faltas:

a) Bater ou tocar na peteca mais de três vezes consecutivas;
b) Prendê-la entre os dedos, contra o corpo ou qualquer objeto;
c) Arremessá-la além das linhas que limitam o campo;
d) Tocar o corpo ou a peteca na rede ou corda;
e) Arremessar ou defender a peteca com as duas mãos;
f) Tocá-la depois de rebatida três vezes, no próprio campo, sem ser devolvida;
g) Tocar com o corpo o solo ou qualquer objeto fora das linhas laterais, finais ou zona neutra;
h) Passar a mão por cima da rede;
i) Deixar o campo sem prévia licença do árbitro.

Em caso de dúvida quanto à validade de um ponto marcado, volte-se o saque (novo saque).

Tática de jogo: A tática de jogo resulta do domínio da peteca com qualquer das mãos. Em geral, os jogadores que recebem o saque são os da defesa, os quais devem passá-la, rapidamente, para os atacantes que se incumbem de devolvê-la ao campo contrário, procurando atirar no lugar em que seja mais difícil de ser recebida, isto é, procurando deslocar um dos jogadores adversários ou aproveitar uma posição adotada pelo grupo adversário; ou ainda, descobrir o ponto fraco ou pontos fracos (jogadores menos hábeis) e arremessar, especialmente, contra eles, a peteca.

Fontes : Jogos Infantis / Tizuko Morchida Kishimoto – Petrópolis, RJ: Vozes, 1993.
Recreação para todos (Manual Teórico-Prático) / Mauro Soares Teixeira, Jarbas Sales de Figueiredo. – São Paulo: Editora Obelisco Ltda, 1970.
Crianças jogando peteca: ilustração de Heliana Brandão, publicada em O Livro dos jogos e das brincadeiras: para todas as idades / Heliana Brandão, Maria das Graças V. G. Froeseler. - Belo Horizonte: Editora Leitura, 1997.
Petecas: fotos de Angelo Zucconi, coleção do autor.


Volta ao Topo

Deixe seu comentário: Deixe seu comentário:
Correio eletrônico Facebook
Livro de visitas Twitter