|
|||||||||||||||||
|
|
A respeito do batismo de crianças, ouvimos do velho Dores: “A criança que morre pagã, quando está com sete anos, ela chora no lugar, e se não tiver alguém que a batize, depois de outros sete anos ela virá a chorar de novo. Eu já ouvi um chorando quando passei por uma moita e não batizei porque não sabia batizar”. Como de costume é ao compadre que compete pagar as despesas da igreja e também as de uma festinha, que na maioria consiste em oferecer aos presentes uma garrafa de vinho, uma ou duas de cachaça, uns camarões ou um cuscuz de arroz. “Pagar o mijo do afilhado”, é como dizem. As pessoas dependentes dos donos das lagoas de arroz, em geral, pedem para que estes batizem seus filhos e os laços do compadrio são reciprocamente úteis: o pobre terá o amparo do rico, o rico terá o trabalho, o capanguismo e principalmente o voto do pobre, porque o compadre em todas as circunstâncias é um aliado fiel. Entre eles há o liame de um batismo. Fontes : História da Vida Privada no
Brasil 1 : cotidiano e vida privada na América Portuguesa
/
organizada por Laura de Mello e Sousa. - São Paulo: Companhia
das Letras, 1997.
Escorço do folclore de uma comunidade – Alceu Maynard Araújo in Revista do Arquivo Municipal CLXVI – Departamento de Cultura da Prefeitura do município de São Paulo, 1962 Gif animado da Animationfactory |
|
Deixe seu comentário: | Deixe seu comentário: | |
Correio eletrônico | ||
Livro de visitas |