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Literatura e Linguagem
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Durante muitos anos, tanto na Europa quanto em nosso país, os fantoches trabalharam nas cenas religiosas para ensinar a história bíblica, e pouco a pouco é que se deu a sua secularização, isto é, foram neles introduzidos assuntos profanos, principalmente aqueles que provocam a hilaridade. Os fantoches são feitos de madeira, metal, papel, palha, barro, etc. São vestidos a caráter. Geralmente cada boneco tem o seu nome e a sua personalidade. Em todas as representações, nunca saem de uma determinada “linha de conduta”. Assim o chorão, o briguento, o valente, o bondoso, sempre se apresentam com seus predicados, pelos quais se tornam conhecidos. Além desses personagens humanos, há também os bichos, destacando-se entre nós o brasileiríssimo jacaré. Com o passar do tempo os bonecos foram adquirindo caráter diferente, graças à maneira de serem manejados pelos artistas, assim é que hoje podemos classificá-los em três grupos distintos; a) – os de varinha;O títere chegou ao Brasil em dois pontos diferentes e com um espaço de século e meio. Primeiramente apareceu em Pernambuco, talvez trazidos pelos holandeses, pois naquela época estava em grande voga na Holanda, sob o nome de “Jan Pickel Herringe”. Quanto ao nome mamulengo, não se sabe ao certo a origem, supondo uns que derive de “Mão Molenga”. É também conhecido como “Brincadeira de Molengo”. Os artistas pernambucanos de fantoches mais conhecidos foram o Dr. Babu, que exerceu enorme influência sobre os titeiristas que vieram depois, pois seus espetáculos eram, na maior parte, improvisados. O sucessor do Dr. Babu chamava-se “Cheiroso”, pelo fato de fabricar “cheiros”, essências baratas extraídas de flores e metidas em frasquinhos. No Rio Grande do Sul os alemães trouxeram o “Kasperletheater”, que se naturalizou brasileiro sob o nome de “Gaspar”, para contar lendas brasileiras, como a do Negrinho do Pastoreio. O teatro de fantoche é de grande valor educativo, pois é distração sadia, que dá grande alegria às crianças, por isso é um dos meios mais elevados para educar a infância. É muito usado em várias escolas, onde representam temas brasileiros e instrutivos. Recentemente a televisão vem divulgando o teatro de fantoches, acionados muitas vezes por ventríloquos. Em São Paulo e no Rio de Janeiro a criançada conhece o Mamulengo pelo nome pitoresco de “João Minhoca”. |
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