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Romance

São estórias contadas. Muitas são tradicionais, como a “História da Imperatriz Porcina”, “O Conde Alardo”, “Íria”, etc.

Os assuntos são os mais variados e incluem façanhas de vaqueiros e animais famosos. São contados em prosa e recebem o nome de “Xácaras” e nos vieram de Portugal. Entre eles podemos colocar também: “A Princesa Magalona” e “Carlos Magno e os Doze Pares de França”, transcritos em folhetos, talvez as estórias mais conhecidas no interior do Brasil.

IRIA – A FIDALGA
(Rio de Janeiro)

Estava sentada
Na minha costura
Passou um cavaleiro,
Pedindo pousada.
Se meu pai não dera
Muito me pesara.
E botou-se a mesa
Para o de jantar;
Muita comédia,
Pratas lavradas;
E se dez a cama
Com lençóis de renda,
Cobertas bordadas.

Lá pra meia-noite
Ele alevantou-se,
Ninguém achou,
Só a mim levou.
A cabo de sete léguas
Ele me perguntou:
Na minha terra,
Como me chamava?
“Na minha terra
Iria – a fidalga,
Na terra estranha
Iria – a coitada.
Minha Santa Iria,
Meu amor primeiro...
A vós degolaram
Que nem um carneiro”.

Nota: Sílvio Romero ouviu esse romance em Parati, Província do Rio de Janeiro. Pereira da Costa, Folclore Pernambucano, registra duas versões extensas. Teófilo Braga transcreve onze versoes. Iria a Fidalga  ainda conserva o metro antigo do quinário, redondilha menor, comum até o século XV e substituído pela redondilha maior, setissilábica, na centúria imediada nas cópias, remodelações e cmposições de romances velhos.


Fontes : Folclore Brasileiro / Nilza B. Megale- Petrópolis: Editora Vozes, 1999.
Folclore brasileiro: Cantos populares do Brasil / Sílvio Romero. - Belo Horizonte: Ed. Itatiaia; São Paulo: Ed. Da Universidade de São Paulo, 1985.


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