Parlendas
É uma
arrumação de palavras sem acompanhamento
de melodia, mas às vezes rimada, obedecendo a um ritmo que a própria
metrificação lhe empresta. A finalidade é entreter
a criança, ensinando-lhe algo. No interior, aí pela noitinha,
naquela hora conhecida como “boca da noite”, as mulheres costumam
brincar
com seus filhos ensinando-lhes parlendas, brinquedos e trava-línguas.
Uma das mais comuns é a que elas ensinam aos filhos apontando-lhes os
dedinhos da mão – Minguinho,
seu vizinho,
pai de todos, fura bolo e mata piolho.
Quando os
ensina a bater palmas ou balança a rede, o berço
ou a cadeira, diz:
Palma,
palminha,
Palminha de Guiné
Pra quando papai vié,
Mamãe dá a papinha,
Vovó bate cipó,
Na bundinha do nenê.
Outras
variantes são:
Bão, babalão,
Senhor Capitão,
Espada na cinta,
Ginete na mão.
Em terra de mouro
Morreu seu irmão,
Cozido e assado
No seu caldeirão. |
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Bão-balalão!
Senhor capitão!
Em terras de mouro
Morreu meu irmão,
Cozido e assado
Em um caldeirão;
Eu vi uma velha
Com um prato na mão,
Eu dei-lhe uma tapa
Ela, papo... no chão! |
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