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Os
doces pouco ganham a atenção dos sertanejos, que atribuem à essas
iguarias a capacidade de amolecer o corpo e a capacidade de criar
vermes. O único sabor doce apreciado é a rapadura, que é usado até para
adoçar o café e a coalhada, servidos como sobremesa ou no final da
tarde.
A culinária da região litorânea em nada se compara com a rústica comida do sertão. Nela há uma grande variedade de pratos com peixe (fresco, salgado ou secos), camarões e frutos-do-mar, boa parte deles preparados com leite de coco. É no litoral nordestino que o doce ganha importância maior, começando pela rapadura, açúcar mascavo e melado. Como dizia Gilberto Freire o melado é o "mel do engenho que se come lentamente de colher ou com garfo quando misturado com a farinha". Ele pode ser consumido misturado com a farinha, com mandioca cará ou inhame cozidos. A paixão dos nordestinos pelo doce é uma paixão antiga herdada pelos portugueses e as especialidades criadas na região tornaram o orgulho dos nordestinos. Tanto é que muitos deles, como ocorrem em Pernambuco, recebem nomes de homens, senhoras e famílias importantes de onde originaram e cujas receitas são reproduzidas até hoje: Souza Leão, Luís Felipe, Monteiro Lopes, Dona Dondom, Cavalcanti, Tia Sinhá, Dr. Constâncio. Não pode deixar de lado as receitas que os portugueses adaptaram com os ingredientes do nordeste, criando assim um outro sabor, mas davam nomes originais. A baba-de-moça que se come em João Pessoa é totalmente diferente da baba-de-moça de outras regiões do nordeste. |
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