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Feijoada
Restaurante Rancho da Anna em Bombinhas - SC - Foto enviada por Ceci Lopes
Feijoada

A feijoada é um dos pratos típicos mais conhecidos e populares da culinária brasileira. Composta basicamente por feijão preto, diversas partes do porco, linguiça, farinha e o acompanhamento de verduras e legumes, ela é comumente apontada como uma criação culinária dos africanos escravizados que vieram para o Brasil.

Historiadores e especialistas da culinária indicam que esse tipo de prato – que mistura vários tipos de carnes, legumes e verduras – é milenar. Remonta possivelmente da área mediterrânica à época do Império Romano, segundo Câmara Cascudo. Pratos similares na cozinha latina seriam o cozido, em Portugal; o cassoulet, na Fraça; a paella, à base de arroz, na Espanha; e a casouela e o bollito misto, na Itália.
Mas a feijoada tem as especificidades da culinária brasileira. O feijão preto é originário da América do Sul e era chamado pelos guaranis de comanda, comaná ou cumaná. A farinha de mandioca também tem origem americana, sendo adotada como componente básico da alimentação pelos africanos e europeus que vieram para o Brasil. Roças de feijão e mandioca eram plantadas em diversos locais, inclusive nos espaços domésticos, em torno das residências, principalmente das classes populares.

Segundo Carlos Alberto Dória, a origem da feijoada estaria no “feijão gordo”, o ensopado da leguminosa acrescido de toucinho e carne seca. A feijoada seria esse “feijão gordo” enriquecido ao extremo, com linguiças, legumes, verduras e carnes de porco.

A inclusão do último ingrediente acima indicado levou Câmara Cascudo a questionar se a feijoada seria invenção dos africanos escravizados: sendo boa parte dos africanos seguidora do islamismo, como poderiam ter incluído a carne de porco no prato, já que a religião interdita seu consumo?
O famoso folclorista brasileiro indica que a feijoada como a conhecemos, composta de feijão, carnes, hortaliças e legumes, seria uma combinação criada apenas no século XIX em restaurantes frequentados pela elite escravocrata do Brasil. Sua difusão teria se dado em hotéis e pensões, principalmente a partir do Rio de Janeiro.
Porém, a propagação da ideia da feijoada como prato nacional seria consequência das ações dos modernistas para construir uma identidade nacional brasileira, segundo Carlos Alberto Dória. A feijoada seria um dos signos da brasilidade, caracterizada pelo tema da antropofagia, da deglutição cultural que permeou a formação da nação brasileira.
Canjica

Canjica
Designação comum a dois pratos feitos de milho, muito populares, servidos também nas festas juninas:

1) Na Bahia e demais Estados do Norte e do Nordeste, creme consistente de milho verde cozido com leite, coco ralado e açúcar. É provável que tenha sido criado na Bahia, embora o nome seja de origem africana. Nas regiões Sul, Centro-Oeste e Minas Gerais (sem o coco ralado), este prato é chamado Curau.

2) Em São Paulo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás e nos Estados do Sul, milho branco quebrado (sem o olho), cozido com leite e açúcar, polvilhado com canela e servido de preferência quente. Os grãos não se desfazem após o cozimento e o leite não evapora totalmente, podendo ser engrossado com alguns grãos amassados. Na Bahia e demais Estados do Norte e Nordeste, este prato é chamado Mungunzá. No início do século XIX já era muito popular em São Paulo, onde talvez tenha sido criado.
Moqueca
Moqueca
Prato típico do litoral, constituído de peixe ou frutos do mar cozidos com cebola e tomates, sem água, e temperados com azeite-de-dendê, leite de coco e pimenta.
Na moqueca capixaba, o azeite-de-dendê e o leite de coco são substituídos por uma mistura de urucum e azeite, e acrescenta-se coentro.
Os indígenas preparavam uma moqueca envolvendo os peixes menores em folhas de bananeira e colocando o embrulho sobre brasas ou enterrando-os na areia, acendo uma fogueira por cima.
Farofa

Farofa (acompanhamento)
Prato salgado feito com farinha de mandioca ou de milho, geralmente passadas na gordura e às vezes com outros ingredientes como ervas, torresmo, etc., usado como acompanhamento de diversos pratos da cozinha brasileira. A farofa é a sofisticação do uso da farinha de mandioca como acompanhamento indispensável em todas as refeições, registrado durante o Período Colonial.

Pode ser feita com água, despejando-se aos poucos água fervente sobre a farinha de mandioca; com gordura, colocando-se a farinha em gordura quente; e com diversos ingredientes, puros ou combinados, que são fritos na gordura em que se vai colocar a farinha de milho ou de mandioca.
Os ingredientes mais comuns são: cebola picada, salsa, cebolinha, coentro (para acompanhar peixes), miúdos, pimenta, azeitonas, ovos cozidos ou mexidos, torresmo, lingüiça, couve picada, etc.
Estes três processos básicos (com água, com gordura e com outros ingredientes) permitem, de acordo com a quantidade de farinha, atingir consistências e texturas variadas, que vão desde a farofa seca, bem próxima da farinha pura, até a farofa molhada, que é quase uma massa consistente.
No Nordeste, principalmente na Bahia, usa-se como gordura o azeite-de-dendê, que dá coloração e sabor característico à farofa.
É freqüente, nos assados de aves, recheá-las com uma farofa feita com os miúdos da ave.

Churrasco
Churrasco
Prato difundido em várias regiões brasileiras. Às vezes é o almoço do final de semana, outras para comemorações.
É a carne de espeto, assada rapidamente, comida com a farinha, às vezes temperada com molho de salmoura ou simples água e sal.
Alimentação rio-grandense do sul, especialmente do camponês, era tão simples quanto substancial. Consta, em campanha, do churrasco, pedaço de carne cortada em tira comprida e atirada ao braseiro do fogão gaúcho.
O Padre Martim Dobrizhoffer, catequista dos abipões, informava, há duzentos anos: "Preparavam a carne espetando-a num pau, que cravam no chão ao pé do fogo, até ficar pronto um lado".
O processo é universal. O nome tivemos através do Rio Grande do Sul.

Paçoca
Prato típico do Brasil, registrado desde o período colonial, preparado com carne-seca, cozida ou assada, pilada com farinha de mandioca ou de milho.
Pode ser guardada por longo período sem refrigeração.
Também temos a Paçoca Doce, feita com amendoim.

Pururuca
Técnica culinária para assar leitão, tradicional em Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul e outros Estados.
O leitão é assado inteiro e o couro, depois de regado com azeite fervente (ou gordura fervente), torna-se crocante.

Fonte : História da feijoada / Tales dos Santos Pinto; Brasil Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/historia/historia-feijoada.htm>. Acesso em 07 de agosto de 2016.


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