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Estadunidenses

A influência estadunidense não foi espontânea como a dos povos que aqui vieram habitar, ela foi planejada e, devido à intensa propaganda através dos meios de comunicação, que atingem as mais longínquas regiões brasileiras, esta influência aparece não somente na música da juventude e no linguajar, como também na alimentação, através dos sanduíches, principalmente hambugeres e cachorros-quentes e da coca-cola. O "jeans" é atualmente usado por todas as camadas da sociedade, inclusive pelos trabalhadores rurais e habitantes das cidades do interior.
Nenhuma outra cultura influenciou tanto a sociedade ocidental como a estadunidense. Mudaram-se os hábitos alimentares, modo de falar e vestir, valores, grafias.
Muito embora o rock esteja em terceiro lugar na preferência musical, perdendo para o sertanejo e o pagode, esse ritmo que chegou a São Paulo por volta dos anos 50 é mais que meramente um ritmo, o rock constitui-se em um estilo de vida para jovens de boa parte do mundo e, aqui não poderia ser diferente.

A colônia de estadunidenses de São Paulo, se comparada a outros países que não tiveram grandes fluxos de imigrantes é grande, são mais de 18 mil pessoas, em sua maioria famílias que para cá vieram em função das empresas multinacionais. A maior parte deles reside na região do Jardim Paulista.

Ernest Pyles, descendente de estadunidenses,  e sua casa em estilo do sul dos Estados Unidos, em Americana - SP 

Foto: Roberto Faustino

A história da fundação de Americana (140 km a noroeste de São Paulo) está ligada à imigração de estadunidense. Um grupo de aproximadamente 3.500 sulistas confederados chegou ao município de Santa Bárbara D’Oeste (150 km a noroeste de São Paulo), em 1866, para plantar algodão.
Hoje restam poucas famílias de estadunidenses na região mas alguns indícios dessa influência podem ser encontrados nos nomes de ruas, escolas, bairros, no brasão de Americana – que tem como fundo a bandeira confederada estadunidense – e na praça dos Americanos, onde um monumento lista os nomes das famílias imigrantes.

Americana guarda traços do Sul dos EUA in Brasil Estrangeiro – Folha de S. Paulo, 8 de junho de 1989.

Um pouco da História

A América do Norte depois das invasões européias, 1763:


América do Norte

No século XVIII, os Estados Unidos não abrangiam a sexta parte do espaço que abarcavam às vésperas da Segunda Guerra Mundial.
Mapa América do Norte
Desde antes da Guerra da Independência, isto é, 1774, navios estadunidenses velejavam, pescando baleia, pelas costas do Brasil. O Fabius da Filadélfia, sob o comando do capitão Daly, esteve no Rio da Prata e, ao voltar em agosto de 1800, passou pelo porto do Rio de Janeiro, onde nessa mesma época, se encontravam outros seis navios estadunidenses. Sabe-se que embarcações com bandeiras dos Estados Unidos chegavam aos portos de Montevidéu e Buenos Aires, desde 1798, a despeito das proibições também ali existentes. Aportavam, naturalmente, no Brasil.
As proibições de Portugal dificultavam o comércio dos Estados Unidos com o Brasil. As autoridades coloniais, em 1802, apresaram a escuna Eliza, de Boston, e lançaram todos os seus tripulantes, inclusive o capitão John Rich na cadeia. Outra escuna, a Pilgrim, de Providence, também teve o mesmo destino, sendo o seu comandante, o capitão Samuel Staples, enviado como prisioneiro para Lisboa.
Antes das aberturas dos porto no Brasil não havia indícios de comércio oficial entre os dois países. Em 1809, depois da abertura dos portos, as exportações para o Brasil saltaram de 4.374 (1807) para 883.735 dólares e em 1810 para 1.512,752 dólares. A guerra entre os Estados Unidos e Inglaterra e o tratado que esta arrancou de D. João VI, em 1810, provocaram o refluxo das exportações estadunidenses para o Brasil, que decaíram abruptamente.
Os estadunidenses importavam, além de açúcar e café, peles, chifres e cacau. Atuavam, porém, numa faixa de comércio bem mais ampla: o contrabando. As autoridades coloniais apresaram, em 1808, a escuna Molly, quando navegava pelas águas da Baía de Todos os Santos, com um carregamento de madeira para a Inglaterra.
O interesse comercial dos Estados Unidos pelo Brasil era tanto que, quando a corte de D. João se transladou para o Rio de Janeiro, o Departamento de Estado logo tratou de restabelecer suas relações com Portugal, interrompidas desde que, em 1802, havia fechado a legação em Lisboa por motivo de economia. Thomas Jefferson, presidente dos Estados Unidos, nomeou um comerciante estadunidense que morava na Bahia, Henry Hill, para o cargo de cônsul, em 4 de março de 1808, e ordenou-lhe que fosse ao Rio de Janeiro dar as boas-vindas à Corte. A pronta lembrança do seu nome para cônsul indica, sem dúvida, que Hill. Além de comerciante, desempenhava alguma função especial para o governo dos Estados Unidos. O senado estadunidense aprovou em 7 de março de 1809 a sua nomeação juntamente com a de Thomas Sumter Jr., para o posto de ministro junto à Corte no Rio de Janeiro.

Sumter Jr. Chegou ao Rio de Janeiro, em junho de 1810, alentando a esperança de incrementar o intercâmbio entre os Estados Unidos e o Brasil. Mas logo percebeu que o sucesso de sua missão dependia dos termos do tratado que Portugal, então, negociava com a Inglaterra.
Os compromissos de Portugal com a Inglaterra, que lhe tolhiam todos os movimentos, datavam do Tratado de Methuem, de 1703. Esse tratado entregou às manufaturas inglesas de lã o monopólio do mercado de Portugal e, consequentemente, do Brasil. Portugal renunciou desse modo à industrialização e, como a Inglaterra consumia relativamente pouco os seus produtos agrícolas, obrigou-se a cobrir o déficit do balanço comercial com o ouro do Brasil.
Sumter Jr. explicou a James Monroe, então presidente dos Estados Unidos, que a Inglaterra desejava a restauração do regime colonial no Brasil, a fim de evitar “o surgimento e a existência de uma potência marítima na América do Sul, ...”
Com a elevação da colônia à categoria de reino, em 16 de dezembro de 1815, Sumter Jr. solicitou audiência ao príncipe regente, concedida a 27 de dezembro de 1815, para felicitá-lo e aplaudí-lo, “na mais explícita e mais ampla forma”. Os Estados Unidos, antes de qualquer país, reconheceram assim o novo status do Brasil, considerado como de independência.
Quando José Artigas , em 1816, se levantou contra a invasão da Banda Oriental (Uruguai) pelas tropas do príncipe D. João, de Baltimore e outros portos dos Estados Unidos partiram os veleiros, que desfraldavam o seu pavilhão e atacavam as embarcações luso-brasileiras. As praças do Rio de Janeiro, Pernambuco, Bahia, Lisboa e Porto sofreram prejuízos incalculáveis. Os piratas, na sua maioria estadunidenses, levavam a presa para o golfo do México e para as angras dos Estados Unidos, onde tudo vendiam.
O abade José Francisco Correia da Serra, representante do príncipe D. João nos Estados Unidos, protestou contra aquele procedimento, que considerava uma quebra da neutralidade. O governo de Washington adotou medidas para impedir que os corsários transportassem as presas para os portos estadunidenses, mas, tanto do ponto de vista comercial quanto do político, não lhe interessava, consequentemente,combatê-los. Os ataques diminuíram, mas não cessaram.

Não deixa de ser significativo um relatório qualificado de most secret que, em 1817, o então comandante da Marinha dos Estados Unidos, Mathew Mauwry, em vilegiatura pelo Norte e Nordeste, enviara a Washington, sugerindo que o Brasil se constituíria num grande perigo para os desígnios estadunidenses de domínio do continente. Ele alerta para a riqueza da região, sua potendialidade, e opina no sentido de que os Estados Unidos devem tentar dividir o território brasileiro. Os conselhos do jovem comandante podem ter servido de estímulo dos Estados Unidos à Confederação do Equador, mas não bastaram para desencadear a política de desestabilização, porque outros interesses, maiores, levaram o governo de Washington a reconhecer o Império do Brasil em 1824.

Continua...

Fontes : Folclore Brasileiro / Nilza B. Megale- Petrópolis: Editora Vozes, 1999.
Projeto Caixa Populi: Etnias / Wladimir Catanzaro - São Paulo: Caixa Econômica Federal, 1999.
Presença dos Estados Unidos no Brasil / Luiz Alberto Moniz Bandeira. - Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007
O Brasil sem retoque: 1808 - 1964: a História contada por jornais e jornalistas, volume 1 / Carlos Chagas - Rio de Janeiro: Record, 2001.
Mapas da História Universal Ilustrada: O Mundo das Grandes Descobertas, 1453 - 1763. - Londres: Grisewood & Dempsey, Ltd. - Lisboa / São Paulo: Editorial Verbo, 1981.
Gif animado da Animation factory



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