Conhecidos como discípulos de Krishna, muitos
deles são vistos em semáforos vendendo incenso e pequenos livros
coloridos com estampa de deuses de olhos puxados.
A comunidade Hare Krishna de São Paulo, composta
em sua maioria de jovens desencantados com a “sociedade de consumo”, é
resultado da influência mais visível da colônia indiana e professam um
tipo de fé que viajou milhares de léguas, na garupa de um imigrante,
até chegar aqui.
Quando se pensa na magia da Índia, perde-se de vista os acordos de
cooperação nas áreas de energia nuclear, biotecnologia e informática
firmados com o Brasil.
Em São Paulo a imagem dos indianos ainda está associada ao místico, à
cultura do espírito e à sociedade de castas. Os imigrantes são
basicamente de três tipos: os tratadores que acompanharam o gado
importado, homens que sequer tinham sobrenome; executivos de empresas
de alta tecnologia e prestadores de serviços. São os contrastes da
Índia que se revelam também aqui.
A colônia indiana na cidade de São Paulo é estimada em menos de mil
pessoas, e concentra-se na região do bairro do Paraíso.
Os indianos trouxeram para a cidade uma dimensão mágica de integração
com formas de vida vegetal, animal e mineral. A maioria das esmeraldas
retiradas dos garimpos brasileiros destina-se a comerciantes que vêm da
Índia. Para os indianos, as esmeraldas são pedras sagradas.
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Cerimônia do Fogo no Centro Cultural Hare Krishna
- Higienópolis - SP
Cultura Indiana. Foto: Marcos
Blau
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