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Influência nos HÁBITOS: a rede usada para dormir, como meio de transporte e até de caixão de defunto; o óleo vegetal para os cabelos; tomar banhos freqüentes , sistema de mutirão e na alimentação. |
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ARTESANATO Redes,
trançados, utensílios de palha,
madeira, barro e arte plumária. Veja também : Cestaria indígena |
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CULINÁRIA
Dos indígenas herdamos o preparo da mandioca
e de seus derivados (a farinha de mandioca veio a substituir o trigo)...
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O
preparo da mandioca e seus
derivados. Nos primeiros tempos da
colonização brasileira, Hans Staden mencionava a farinha de mandioca,
peixe e carne preparados com pimenta vermelha, o mel silvestre e uma
bebida estraída do aipim, e Jean de Lery referia-se ao uso do milho
para fazer farinha, da pimenta pilada no sal obtido da água do mar e
das pacovas, bananas da terra. Enriqueceu nossa língua de numerosos vocábulos: arapuca, pereba, sapeca, pipoca, tetéia, caipira. Ficaram no Brasil os nomes de quase todos os animas e pássaros: de quase todos os rios, de muitas montanhas; nomes de cidades (Aracaju - SE, Araçatuba - SP, Arapongas - PR, Itajaí - SC, Itajubá - MG, etc), de bairros (Morumbi, Anhagabau, Jaçanã, etc) e de utensílios domésticos. |
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Vários são os
complexos característicos da moderna cultura brasileira, de origem
pura ou nitidamente ameríndia: o da rede, o da mandioca, o do banho
de rio, o do caju, o do “bicho”, o da “coivara”, o da
“igara”, o do “moquém”, o da tartaruga, o do botoque, o do
óleo de coco-bravo, o da “casa do caboclo”, o do milho, o de
descansar ou defecar de cócoras, o do cabaço para cuia de farinha,
gamela, coco de beber água, etc. Outros de origem principalmente
indígenas: o do pé descalço, o da “muqueca”, o da cor
encarnada, o da pimenta, etc. Isto sem falarmos no tabaco e na bola
de borracha, de uso universal, e de origem ameríndia, provavelmente
brasílica.
Da tradição indígena ficou no brasileiro o gosto pelos jogos e brinquedos infantis de arremedo de animais: o próprio jogo de azar, chamado jogo do bicho, tão popular no Brasil, encontra base para tamanha popularidade no resíduo animista e totêmico de cultura ameríndia reforçada depois pela africana. |
Fontes : Folclore Brasileiro / Nilza B. Megale- Petrópolis: Editora Vozes, 1999
Índios in Problemas Brasileiros n.º 338, São Paulo: Publicação Bimestral do SESC e SENAC, abril de 2000.
Casa Grande e Senzala / Gilberto Freyre - São Paulo: Círculo do Livro S. A., s/ data.
Casa-Grande & Senzala em quadrinhos / Gilberto Freyre; desenhos de Ivan Wasth Rodrigues; quadrinização de Estevão Pino, - 3ª reimp. - Rio de Janeiro: Ed. Brasil-América, 198
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