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Neste sítio “Terra Brasileira - Brasil Folclórico” procuramos apresentar as características do povo brasileiro: seus costumes, suas crenças, suas habilidades criativas dentro da cultura comunitária e popular, enfim, o modo de ser brasileiro, desde suas origens indígena, portuguesa e africana do Brasil Colônia, acrescidas das influências francesa, inglesa, holandesa e espanhola até as do século XIX da convivência com os imigrantes italianos, alemães, japoneses e de outros povos.

No Menu:

Folclore: definição de folclore, as origens e as influências estrangeiras;
Modus: o modo de viver, morar e fazer em diversas situações, locais e épocas; Jogos infantis;
Artesanato: os diversos tipos de artesanato nas regiões brasileiras;
Culinária: origem da culinária brasileira, influência estrangeira e pratos típicos de cada região;
Literatura: as línguas brasileiras; a liguagem folclórica (adivinhas, cordel, fórmulas, parlendas, trava-língua, etc);  o teatro (a descrição de autos, cheganças, Cristãos e Mouros, embaixadas, congadas e mamulengos);
Contos: Contos de encantamento (contos de fadas), de exemplo, de animais (fábulas), religiosos, etiológicos, acumulativos, de adivinhação, anedotas e causos.
Lendas: contos e relatos;
Mitos: O Saci e outros mitos; contos e relatos;
Música: as cantigas de ninar, de roda, de trabaho, etc; os instrumentos musicais e letras de músicas que contam ou cantam o folclore brasileiro;
Danças: danças folclóricas das regiões brasileiras;
Religiosidade: as religiões brasileiras, seus ritos, os santos populares e orixás;
Tipos: os tipos regionais e seus trajes típicos;
Ofícios: as diversas profissões e técnicas artesanais;
Contatos: espaço para comentários, colaborações dos visitantes, bibliografia, biografias e a história do sítio Terra Brasileira.
Século XVI
Século XVI

Nomes do Brasil

Pindorama: do tupi pi'dob, palmeira + orama; região ou país das palmeiras; antiga denominação do Brasil; nome que dão ao Brasil as gentes ando-peruanas e pampianas.
Em 22 de abril de 1500, na carta que Pero Vaz Caminha escreveu de Porto Seguro a el-rei D. Manuel, ele chama esta terra de Terra de Vera Cruz. Em 1501 é chamada de Ilha da Cruz e no mesmo ano na carta que D. Manuel escreve aos reis católicos da Europa comunicando-lhes o descobrimento feito por Pedro Álvares Cabral, ele chama nossa terra de Terra de Santa Cruz, o nome Brasil veio mais tarde, por causa do pau-brasil, assim chamado pela cor abrasada e vermelha com que tingem panos.

Em 1808 ocorre a transferência da corte portuguesa para o Brasil. Por decreto de 16 de dezembro de 1815, o Príncipe-Regente (D. João VI) elevou o Brasil a Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. Em sete de setembro de 1822 D. Pedro declara a independência do Brasil e na Constituição de 1824 o nome do país passa a ser Império do Brasil com D. Pedro I no trono.
Com a Constituição de 1891, passamos a nos denominar Estados Unidos do Brasil, que os nossos críticos de botequim, cidadãos comuns, logo passaram a chamar de “Brasil dos Estados Unidos”.
Desde a Constituição de 1969 nos denominamos República Federativa do Brasil.

Brasileiros

Desde o começo da colonização e durante muito tempo “brasileiros” designava apenas os comerciantes de pau-Brasil. Na América portuguesa, o mais comum era chamar “reinóis” aos nascidos na Metrópole. Os luso-brasileiros identificavam-se “nós não somos reinóis”. O cronista frei Vicente do Salvador refere-se aos povoadores não só como “os que de lá vieram, mas ainda aos que cá nasceram”, seu livro História do Brasil, concluído em 1627 só seria publicado em 1888.

Darcy Ribeiro expõe: “O primeiro brasileiro consciente de si, foi, talvez, o mameluco esse brasilíndio mestiço na carne e no espírito, que não podendo identificar-se com os que foram seus ancestrais americanos – que ele desprezava -, nem com os europeus – que o desprezavam -, e sendo objeto de mofa dos reinóis e dos luso-nativos, via-se condenado à pretensão de ser o que não era nem existia: o brasileiro...

É bem provável que ela só se tenha fixado quando a sociedade local se enriquecera, com contribuições maciças de descendentes dos contingentes africanos, já totalmente desafricanizados pela mó aculturativa da escravidão. Esses mulatos ou eram brasileiros ou não eram nada, já que a identificação com o indígena, com o africano ou com o brasilíndio era impossível..., esses mulatos, somados aos mamelucos, formaram logo a maioria da população que passaria, mesmo contra a vontade, a ser vista e tida como a gente brasileira...
A assunção de sua própria identidade pelos brasileiros, como de resto por qualquer outro povo, é um processo diversificado, longo e dramático...

O português, por mais que se identificasse com a terra nova, gostava de se ter como parte da gente metropolitano, era um reinol... Seu filho, também, certamente, preferiria ser português...
Quando é que, no Brasil, se pode falar de uma etnia nova, operativa? Quando é que surgem brasileiros, conscientes de si, senão orgulhosos de seu próprio ser, ao menos resignados com ele? Isso se dá quando milhões de pessoas passam a se ver não como oriundas dos indígenas de certa tribo, nem africanos tribais ou genéricos, porque daquilo haviam saído, e muito menos como portugueses metropolitanos ou crioulos, e a se sentir soltas e desafiadas a construir-se, a partir das rejeições que sofriam, com nova identidade étnico-nacional, a de brasileiros...

O surgimento de uma etnia brasileira, inclusiva, que possa envolver e acolher a gente variada que aqui se juntou, passa tanto pela anulação das identificações étnicas de indígenas, africanos e europeus, como pela indiferenciação entre as várias formas de mestiçagem, como os mulatos (negros com brancos), caboclos (brancos com indígenas), ou curibocas (negros com indígenas).
Só por esse caminho, todos eles chegam a ser uma gente só, que se reconhece como igual em alguma coisa tão substancial que anula suas diferenças e os opõe a todas as outras gentes. Dentro do novo agrupamento, cada membro, como pessoa, permanece inconfundível, mas passa a incluir sua pertença a certa identidade coletiva.”

Os colonos “paulistas”, “pernambucanos”, “mineiros”, etc., através do convívio e das inter-relações no cotidiano foram se descobrindo, identificando-se como “brasileiros”.
Em dezembro de 1889, o Governo Provisório da República tinha promovido grande naturalização, por meio de um decreto pelo qual todos os estrangeiros que se encontrassem em território nacional e não se manifestassem expressamente em sentido contrário seriam considerados cidadãos brasileiros.

História da vida privada no Brasil 1: cotidiano e vida privada na América portuguesa / organização Laura de Mello e Souza. - São Paulo: Companhia das Letras, 1997
Brasil História - Texto e Consulta: 1 Colônia / Antonio Mendes Jr., Luiz Roncari e Ricardo Maranhão - São Paulo: Editora Brasiliense, 1979.
Histórias da História Brasileira / Viriato Corrêa – São Paulo: Editora Nacional, 1982.
O Povo Brasileiro: a formação e o sentido do Brasil / Darcy Ribeiro. - São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
Dicionário Aurélio Básico da Língua Portuguesa / Aurélio Buarque de Holanda Ferreira. - São Paulo: JEMM Editores, 1988
Grande Enciclopédia Larousse Cultural. - São Paulo: Circulo do Livro, s.data.


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